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25/10/2002
-
23h09
da Folha Online
O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que seu eventual governo irá criar uma Secretaria da Segurança Pública, ligada diretamente à Presidência da República, para combater a criminalidade, e fazer um pacto com todos os governadores eleitos para discutir o assunto.
Em resposta sobre suas proposta para o combate à criminalidade, feita pelo desempregado Mário Luiz Martins, no debate na TV Globo, Lula prometeu também unificar o salário dos policiais. "Policial ganhando R$ 300 não vai ajudar ninguém", disse o presidenciável.
Lula defendeu maior aparelhamento e treinamento da polícia para acelerar os resultados na área para atuar contra criminosos organizados e aparelhados, com braços no Judiciário, na própria polícia e com contatos internacionais.
O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, citou , em sua réplica, os Estados do Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, administrados pelo PT e que têm problemas na área de segurança.
Só na tréplica, Lula explorou que a violência e a criminalidade estão ligadas ao problema social e ao desemprego. "Jovens não têm como pagar universidade, que procuram emprego mas não conseguem porque não têm experiência e caem na criminalidade", disse Lula para apresentar seu projeto de subsidiar o primeiro emprego.
Na pergunta feita pelo apresentador Willian Bonner, sobre como combater a criminalidade em uma favela com 200 mil habitantes. As respostas dos dois presidenciáveis foi semelhante: investir em programas sociais.
Formato inédito
O debate da Rede Globo tem formato inédito, só usado nas campanhas dos EUA. Os dois candidatos ficam de pé, em uma arena, cercado por 150 pessoas, e não fazem pergunta um ao outro. As questões são elaboradas por eleitores indecisos, selecionados pelo Ibope para participar do programa.
José Serra (PSDB), além de gravar o último programa eleitoral, passou o dia ensaiando respostas para o debate e até o comportamento diante das câmeras.
O petista, com 32 pontos de vantagem, segundo o último Datafolha, passou o dia também se preparando para o confronto.
No debate do primeiro turno, na quinta-feira antes da votação, a Globo registrou 31 pontos de média. Cada ponto equivale a cerca de 47,5 mil domicílios na Grande SP.
Como faz nos preparativos de "reality shows", a Globo manteve isolados desde ontem, em um hotel do Rio, os eleitores que estão na platéia. Ontem, eles tiveram o único contato com a emissora antes do programa.
À tarde, num salão do hotel, reuniram-se com Ali Kamel, diretor de jornalismo, para conhecer as regras e formular as perguntas. Numa parede, foram colocados cartazes com 20 temas. Sobre esses assuntos, foram elaboradas as perguntas, as últimas que serão respondidas por Lula e Serra como candidatos à Presidência. Em 2002, ao menos.
Veja também o especial Eleições 2002
Lula diz que, se eleito, cria Secretaria de Segurança para combater crime
SÍLVIA FREIREda Folha Online
O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que seu eventual governo irá criar uma Secretaria da Segurança Pública, ligada diretamente à Presidência da República, para combater a criminalidade, e fazer um pacto com todos os governadores eleitos para discutir o assunto.
Em resposta sobre suas proposta para o combate à criminalidade, feita pelo desempregado Mário Luiz Martins, no debate na TV Globo, Lula prometeu também unificar o salário dos policiais. "Policial ganhando R$ 300 não vai ajudar ninguém", disse o presidenciável.
Lula defendeu maior aparelhamento e treinamento da polícia para acelerar os resultados na área para atuar contra criminosos organizados e aparelhados, com braços no Judiciário, na própria polícia e com contatos internacionais.
O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, citou , em sua réplica, os Estados do Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, administrados pelo PT e que têm problemas na área de segurança.
Só na tréplica, Lula explorou que a violência e a criminalidade estão ligadas ao problema social e ao desemprego. "Jovens não têm como pagar universidade, que procuram emprego mas não conseguem porque não têm experiência e caem na criminalidade", disse Lula para apresentar seu projeto de subsidiar o primeiro emprego.
Na pergunta feita pelo apresentador Willian Bonner, sobre como combater a criminalidade em uma favela com 200 mil habitantes. As respostas dos dois presidenciáveis foi semelhante: investir em programas sociais.
Formato inédito
O debate da Rede Globo tem formato inédito, só usado nas campanhas dos EUA. Os dois candidatos ficam de pé, em uma arena, cercado por 150 pessoas, e não fazem pergunta um ao outro. As questões são elaboradas por eleitores indecisos, selecionados pelo Ibope para participar do programa.
José Serra (PSDB), além de gravar o último programa eleitoral, passou o dia ensaiando respostas para o debate e até o comportamento diante das câmeras.
O petista, com 32 pontos de vantagem, segundo o último Datafolha, passou o dia também se preparando para o confronto.
No debate do primeiro turno, na quinta-feira antes da votação, a Globo registrou 31 pontos de média. Cada ponto equivale a cerca de 47,5 mil domicílios na Grande SP.
Como faz nos preparativos de "reality shows", a Globo manteve isolados desde ontem, em um hotel do Rio, os eleitores que estão na platéia. Ontem, eles tiveram o único contato com a emissora antes do programa.
À tarde, num salão do hotel, reuniram-se com Ali Kamel, diretor de jornalismo, para conhecer as regras e formular as perguntas. Numa parede, foram colocados cartazes com 20 temas. Sobre esses assuntos, foram elaboradas as perguntas, as últimas que serão respondidas por Lula e Serra como candidatos à Presidência. Em 2002, ao menos.
Veja também o especial Eleições 2002
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