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26/10/2002 - 16h06

PT define transição e faz panfletagem no metrô e Ibirapuera

FABIANA FUTEMA
da Folha Online

Um dia antes da votação em segundo turno da eleição presidencial de 2002, o PT se divide em três frentes para concluir a campanha do candidato Luiz Inácio Lula da Silva. A primeira, formada pela cúpula do PT, se reunirá hoje para discutir os nomes da equipe de transição de um eventual governo de Lula. A segunda, tentará manter unida a militância para garantir votos ao petista amanhã. A terceira frente, que já conta com a eleição de Lula, definirá os detalhes finais da festa da vitória, programada para domingo, na avenida Paulista.

Para evitar que o clima de "euforia" e "já ganhou" desmobilize a militância, o comitê da campanha eleitoral de Lula pretende colocar 1 milhão de militantes na rua hoje e amanhã. São os militantes do PT e dos partidos que declararam apoio à candidatura de Lula no segundo turno da campanha eleitoral.

Segundo o coordenador de mobilização da campanha, Francisco Campos, a ordem é unir a militância para fazer um mutirão na cidade no final de semana. "Queremos fazer a ocupação visual das ruas com a imagem de Lula e do PT."

Hoje, por exemplo, estão programadas panfletagens nas principais estações do Metrô de São Paulo e no parque do Ibirapuera, na zona sul da cidade.

Amanhã, o objetivo do partido é colocar a militância uniformizada nas ruas. "O povo vestindo a camiseta do PT, segurando a bandeira do partido e os carros com os adesivos nas ruas serão a nossa boca-de-urna. Todos serão PT no domingo", disse Campos.

Nos últimas dias da campanha eleitoral, a agenda de Lula é um segredo dentro do partido. Oficialmente o comitê do PT informa que o candidato passará o sábado em sua casa, em São Bernardo, no ABC paulista. No domingo, Lula vota às 10h e retorna para sua casa.

Mas coordenadores da campanha de Lula disseram para a Folha Online que o candidato se reunirá amanhã com a cúpula do PT para fechar os nomes de uma eventual equipe de transição.

A tarefa será difícil, pois Lula teria recebido mais de 500 indicações para os 51 cargos de transição a que terá direito caso seja eleito. As únicas confirmações até agora para a equipe de transição são do presidente nacional do PT, José Dirceu, e do coordenador do programa de Lula, Antonio Palocci.

Luiz Gushiken, braço direito de Dirceu e coordenador do programa de Lula, Gilberto Carvalho, responsável pela agenda do candidato e o secretário-geral do PT, Luiz Dulci, também devem estar na equipe de transição. Os nomes definitivos devem ser anunciados na terça-feira, quando Lula, se eleito, se encontra com o presidente Fernando Henrique Cardoso, em Brasília (DF).

No domingo, enquanto estiver em casa, Lula ligará para lideranças políticas de vários partidos para começar a articular alianças. É provável que o petista ligue para seu adversário José Serra (PSDB) e para FHC ainda amanhã.

Embora o PT afirme publicamente que "lutará até o último minuto" para garantir a eleição "que ainda não está ganha", coordenadores da campanha de Lula já começam a organizar a festa da vitória do partido, que acontecerá na avenida Paulista.

Ainda não está definido se Lula irá ou não à festa. A sua participação depende do horário de encerramento da apuração dos votos. Mas está definida a participação na festa da prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, do senador eleito Aloizio Mercadante, do presidente do partido, José Dirceu, entre outras lideranças petistas.

O partido ainda não acertou ainda como será a agenda de Lula para segunda-feira, um dia após sua eventual vitória nas urnas. Se eleito, Lula deve fazer um pronunciamento ou uma coletiva. Mas o PT não sabe se o pronunciamento ou coletiva serão realizados em São Paulo (SP) ou em Brasília (DF). Mas o horário já foi definido: será às 11h.

Leia mais no especial Eleições 2002
 

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