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27/10/2002
-
17h47
A imprensa norte-americana se pôs hoje a analisar os reflexos da eleição praticamente certa do candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva para presidente do Brasil.
Um dos motivos da chegada da esquerda ao poder, segundo o diário "The New York Times", seria a frustração popular.
Segundo o jornal, enquanto Fernando Henrique Cardoso acabou com a hiperinflação e trouxe o capital externo ao Brasil, as taxas de desemprego cresceram para recordes históricos, a renda caiu, o país caiu numa crise financeira e tem hoje a segunda maior taxa de assassinatos, só atrás da Colômbia e suas guerrilhas.
Caindo para uma análise mais política e opinativa, o site da rede de televisão CNN publicava nesta tarde uma matéria da agência Associated Press em que via com pessimismo --para a cartilha econômica norte-americana-- a chegada de Lula ao poder. "Uma vitória de [Luiz Inácio Lula da] Silva poderia refrear as reformas de liberalização de mercado no Brasil, além de aumentar os movimentos esquerdistas no hemisfério e também endurecer as relações do país com os EUA", diz o texto.
Cartilha para o investidor
Por outro lado, o "Financial Times" trouxe em seu site hoje uma das análises mais didáticas da imprensa internacional sobre o possível desenrolar político-econômico da eleição.
Em formato de perguntas e respostas, o jornal publicou na internet uma verdadeira cartilha para o investidor internacional, que tentava desmistificar um suposto radicalismo da administração de Lula.
"[A eleição] significa que os brasileiros votaram a favor de um socialismo radical?", questiona uma das perguntas, cuja resposta é "não". "O PT gradualmente se moveu em direção ao centro. As lideranças do partido adotaram políticas mais moderadas, tipicamente associadas às democracias sociais européias", diz o FT.
O jornal norte-americano afirma que é possível esperar algum radicalismo da administração Lula, principalmente em relação à Alca (Área de Livre Comércio das Américas), que, segundo a matéria, é vista pelo candidato petista mais como "uma política de anexação" que um processo de integração.
E o "Financial Times" termina: "Ainda há preocupações quanto à habilidade de Lula em resolver os duros desafios econômicos. Num contexto internacional adverso, no entanto, essa seria uma tarefa difícil para qualquer governo".
Veja também o especial Eleições 2002
Imprensa norte-americana analisa reflexos da eleição de Lula
da Folha OnlineA imprensa norte-americana se pôs hoje a analisar os reflexos da eleição praticamente certa do candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva para presidente do Brasil.
Um dos motivos da chegada da esquerda ao poder, segundo o diário "The New York Times", seria a frustração popular.
Segundo o jornal, enquanto Fernando Henrique Cardoso acabou com a hiperinflação e trouxe o capital externo ao Brasil, as taxas de desemprego cresceram para recordes históricos, a renda caiu, o país caiu numa crise financeira e tem hoje a segunda maior taxa de assassinatos, só atrás da Colômbia e suas guerrilhas.
Caindo para uma análise mais política e opinativa, o site da rede de televisão CNN publicava nesta tarde uma matéria da agência Associated Press em que via com pessimismo --para a cartilha econômica norte-americana-- a chegada de Lula ao poder. "Uma vitória de [Luiz Inácio Lula da] Silva poderia refrear as reformas de liberalização de mercado no Brasil, além de aumentar os movimentos esquerdistas no hemisfério e também endurecer as relações do país com os EUA", diz o texto.
Cartilha para o investidor
Por outro lado, o "Financial Times" trouxe em seu site hoje uma das análises mais didáticas da imprensa internacional sobre o possível desenrolar político-econômico da eleição.
Em formato de perguntas e respostas, o jornal publicou na internet uma verdadeira cartilha para o investidor internacional, que tentava desmistificar um suposto radicalismo da administração de Lula.
"[A eleição] significa que os brasileiros votaram a favor de um socialismo radical?", questiona uma das perguntas, cuja resposta é "não". "O PT gradualmente se moveu em direção ao centro. As lideranças do partido adotaram políticas mais moderadas, tipicamente associadas às democracias sociais européias", diz o FT.
O jornal norte-americano afirma que é possível esperar algum radicalismo da administração Lula, principalmente em relação à Alca (Área de Livre Comércio das Américas), que, segundo a matéria, é vista pelo candidato petista mais como "uma política de anexação" que um processo de integração.
E o "Financial Times" termina: "Ainda há preocupações quanto à habilidade de Lula em resolver os duros desafios econômicos. Num contexto internacional adverso, no entanto, essa seria uma tarefa difícil para qualquer governo".
Veja também o especial Eleições 2002
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