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27/10/2002
-
18h28
da Folha Online
Para a professora de filosofia da Universidade de São Paulo Marilena Chauí a vitória de Lula "é uma vitória histórica porque há efetivamente na história da República brasileira alternância no poder". Segundo a professora, não se trata de uma troca de representantes no interior da classe dominante.
Chauí disse à Folha Online que as condições de governabilidade para Lula estão praticamente asseguradas, devido ao número de parlamentares que apóiam Lula eleitos e à possibilidade de conversas e negociações existente.
Para a filósofa, o "primeiro ano de governo será extremamente difícil", pois a conjuntura internacional é desfavorável e a crise econômica, que foi contida em função das eleições, irá acontecer. "Lula vai pegar o país numa crise econômica", disse Chauí.
Lisete Arelaro, professora da Faculdade de Educação da USP e ex-secretária municipal de Educação de Diadema, concorda com o fato de a vitória destas eleições ser "histórica", pelo fato de Lula ser"o primeiro torneiro mecânico eleito presidente do Brasil". Lula "tem todas as condições de reacertar a política econômica priorizando o lado social", disse Arelaro à Folha Online. A professora prevê que o país terá "dias difíceis, mas dias melhores para educação, emprego, educação e cultura".
América Latina
Para Chauí, a vitória de Lula representa uma "expectativa enorme de inversão do modelo econômico na América Latina". Segundo a professora, o Brasil tem poder político e econômico para assegurar uma transformação em todo o continente latino-americano.
Segundo Chauí, o governo de Lula não será comparável a nenhum outro governo da América Latina. Ela cita como exemplos de governos diferentes do futuro governo de Lula o de Hugo Chávez, na Venezuela e o do social-democrata Alejandro Toledo (no Peru). Segundo Chauí, o Peru não tem, como o Brasil, uma situação favorável a um governo de esquerda. A eleição de Lula é "diferente de tudo o que já passou na América Latina", conclui a professora.
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Veja também o especial Eleições 2002
Para Marilena Chauí, vitória de Lula é alternância inédita no poder
IANA COSSOY PAROda Folha Online
Para a professora de filosofia da Universidade de São Paulo Marilena Chauí a vitória de Lula "é uma vitória histórica porque há efetivamente na história da República brasileira alternância no poder". Segundo a professora, não se trata de uma troca de representantes no interior da classe dominante.
Chauí disse à Folha Online que as condições de governabilidade para Lula estão praticamente asseguradas, devido ao número de parlamentares que apóiam Lula eleitos e à possibilidade de conversas e negociações existente.
Para a filósofa, o "primeiro ano de governo será extremamente difícil", pois a conjuntura internacional é desfavorável e a crise econômica, que foi contida em função das eleições, irá acontecer. "Lula vai pegar o país numa crise econômica", disse Chauí.
Lisete Arelaro, professora da Faculdade de Educação da USP e ex-secretária municipal de Educação de Diadema, concorda com o fato de a vitória destas eleições ser "histórica", pelo fato de Lula ser"o primeiro torneiro mecânico eleito presidente do Brasil". Lula "tem todas as condições de reacertar a política econômica priorizando o lado social", disse Arelaro à Folha Online. A professora prevê que o país terá "dias difíceis, mas dias melhores para educação, emprego, educação e cultura".
América Latina
Para Chauí, a vitória de Lula representa uma "expectativa enorme de inversão do modelo econômico na América Latina". Segundo a professora, o Brasil tem poder político e econômico para assegurar uma transformação em todo o continente latino-americano.
Segundo Chauí, o governo de Lula não será comparável a nenhum outro governo da América Latina. Ela cita como exemplos de governos diferentes do futuro governo de Lula o de Hugo Chávez, na Venezuela e o do social-democrata Alejandro Toledo (no Peru). Segundo Chauí, o Peru não tem, como o Brasil, uma situação favorável a um governo de esquerda. A eleição de Lula é "diferente de tudo o que já passou na América Latina", conclui a professora.
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