27/10/2002 - 23h15

Vitória de peemedebista no RS é maior derrota do PT; veja seu perfil

da Folha Online

A vitória do peemedebista Germano Rigotto, 53, é a maior derrota do PT nas eleições estaduais. O partido usou a administração do petista Olívio Dutra no Rio Grande do Sul como "cartão de visitas" durante a eleição deste ano, e dava como certa a vitória de Tarso Genro.

Com todos os votos apurados, Rigotto conseguiu 3.148.788 (52,67%) votos, contra 2.829.527 de Genro (47,33%).

Com o resultado, o partido perde força no Estado, que administrou nos últimos quatro anos. Este movimento é exatamente inverso ao que ocorreu no restante do país, onde os petistas, de modo geral, melhoraram sua votação.

Tarso Genro ainda não decidiu qual será o seu futuro político. Ele não poderá ocupar o cargo de prefeito de Porto Alegre, porque renunciou a ele para concorrer ao governo estadual.

Atuação parlamentar

Rigotto só havia disputado um cargo Executivo em 1996, quando perdeu a Prefeitura de Caxias do Sul para o petista Pepe Vargas. Em sua vida política, ele já foi vereador, deputado estadual e se elegeu três vezes consecutivas para o cargo de deputado federal.

Nos últimos anos, ganhou destaque ao atuar como líder do presidente Fernando Henrique Cardoso no Congresso. Apesar disso, costuma dizer que "muitas vezes" teve posicionamentos contrários aos de FHC.

No ano passado, foi presidente da comissão de discutiu e organizou o projeto da reforma tributária. Apesar de o trabalho ter sido considerado satisfatório pelos parlamentares, o governo nunca colocou a matéria em votação.

RAIO-X DE GERMANO RIGOTTO:

Nome: Germano Antonio Rigotto

Idade: 53 anos

Estado Civil: casado com Claudia Scavino Rigotto

Filhos: Rafael e Roberta

Local de nascimento: Caxias do Sul (RS)

Formação: formado em Direito e Odontologia na UFRGS

Mandatos executivos: não exerceu

Mandatos legislativos: vereador de Caxias do Sul (1977 a 1990), deputado estadual (1983 a 1990) e deputado federal (1990 a 2002)

Filiação partidária: apenas o PMDB

Primeira medida no governo: reunir sua equipe

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