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28/10/2002
-
08h02
da Folha de S.Paulo
Mesmo antes que o segundo turno confirmasse o prognóstico de sua reeleição, o governador Geraldo Alckmin já estava com maioria parlamentar assegurada na recém-renovada Assembléia Legislativa de São Paulo.
Dos 94 deputados, o cálculo que circula no PSDB é que 56 já estão fechados com o governador reeleito. São necessários 48 deputados para a aprovação, sem pressões ou contestação em plenário, das mensagens do Executivo.
A oposição estaria, segundo os mesmos cálculos, com 27 deputados, enquanto os sete do PPB e os quatro do Prona são considerados por enquanto indefinidos.
Bloco "emagrecido"
O bloco de sustentação de Alckmin na Assembléia "emagreceu" consideravelmente com a eleição de 6 de outubro.
O PSDB diminuiu de 24 para 18 cadeiras, o PTB, de 13 para seis, e o PFL, de nove para seis.
Eram algumas das bancadas que integravam o bloco de 70 deputados que Alckmin herdou de Mário Covas e que formavam sua "maioria automática".
As negociações para recosturar a antiga aliança começaram há pouco mais de duas semanas e tiveram como pivô o deputado estadual reeleito Edson Aparecido, 45, que é também o presidente regional do PSDB.
Não há por enquanto a troca da adesão por cargos no primeiro e segundo escalões da administração estadual.
Isso deve obviamente ocorrer, mas só nos próximos dias. Negociaram-se agora os cargos na Mesa que presidirá a Assembléia no início da legislatura.
O núcleo da coalizão está nos 18 deputados do PSDB e nos seis do PFL, partido que desde as eleições municipais de 2000 se afastou da chamada "família" malufista.
O PSB e o PPS fizeram campanha para Alckmin no segundo turno em São Paulo, embora, em termos nacionais, os dois partidos estejam ligados a Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Com o PDT, há com o governo uma "relação construtiva", que será compensada com cargos. O PV, que elegeu cinco deputados em lugar do único que possuía, também aderiu.
O PMDB seguirá para o governo sem maiores dificuldades, estimulado agora pelo enfraquecimento de Orestes Quércia, candidato derrotado ao Senado.
Apoio do PPB
Nesse conjunto, o Palácio dos Bandeirantes conta com o apoio frequente do PPB. E por dois motivos: o veterano Wadih Helu não foi reeleito, e com ele o partido perde o mais inflexível dos opositores aos tucanos; é também da bancada estadual Wagner Salustiano, que se prepara para contestar a liderança histórica de Paulo Maluf no partido.
Caso essas previsões se confirmem, a oposição ficaria circunscrita ao PT, que cresceu de 13 para 23 deputados, ao PC do B, que manteve duas cadeiras, e ao PL, que caiu de seis para dois deputados e que não chega, propriamente, a ter afinidades ideológicas com a esquerda petista.
Veja também o especial Eleições 2002
Acompanhe a apuração nos Estados
Acompanhe a apuração para a Presidência
Alckmin tem maioria assegurada na nova Assembléia Legislativa
JOÃO BATISTA NATALIda Folha de S.Paulo
Mesmo antes que o segundo turno confirmasse o prognóstico de sua reeleição, o governador Geraldo Alckmin já estava com maioria parlamentar assegurada na recém-renovada Assembléia Legislativa de São Paulo.
Dos 94 deputados, o cálculo que circula no PSDB é que 56 já estão fechados com o governador reeleito. São necessários 48 deputados para a aprovação, sem pressões ou contestação em plenário, das mensagens do Executivo.
A oposição estaria, segundo os mesmos cálculos, com 27 deputados, enquanto os sete do PPB e os quatro do Prona são considerados por enquanto indefinidos.
Bloco "emagrecido"
O bloco de sustentação de Alckmin na Assembléia "emagreceu" consideravelmente com a eleição de 6 de outubro.
O PSDB diminuiu de 24 para 18 cadeiras, o PTB, de 13 para seis, e o PFL, de nove para seis.
Eram algumas das bancadas que integravam o bloco de 70 deputados que Alckmin herdou de Mário Covas e que formavam sua "maioria automática".
As negociações para recosturar a antiga aliança começaram há pouco mais de duas semanas e tiveram como pivô o deputado estadual reeleito Edson Aparecido, 45, que é também o presidente regional do PSDB.
Não há por enquanto a troca da adesão por cargos no primeiro e segundo escalões da administração estadual.
Isso deve obviamente ocorrer, mas só nos próximos dias. Negociaram-se agora os cargos na Mesa que presidirá a Assembléia no início da legislatura.
O núcleo da coalizão está nos 18 deputados do PSDB e nos seis do PFL, partido que desde as eleições municipais de 2000 se afastou da chamada "família" malufista.
O PSB e o PPS fizeram campanha para Alckmin no segundo turno em São Paulo, embora, em termos nacionais, os dois partidos estejam ligados a Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Com o PDT, há com o governo uma "relação construtiva", que será compensada com cargos. O PV, que elegeu cinco deputados em lugar do único que possuía, também aderiu.
O PMDB seguirá para o governo sem maiores dificuldades, estimulado agora pelo enfraquecimento de Orestes Quércia, candidato derrotado ao Senado.
Apoio do PPB
Nesse conjunto, o Palácio dos Bandeirantes conta com o apoio frequente do PPB. E por dois motivos: o veterano Wadih Helu não foi reeleito, e com ele o partido perde o mais inflexível dos opositores aos tucanos; é também da bancada estadual Wagner Salustiano, que se prepara para contestar a liderança histórica de Paulo Maluf no partido.
Caso essas previsões se confirmem, a oposição ficaria circunscrita ao PT, que cresceu de 13 para 23 deputados, ao PC do B, que manteve duas cadeiras, e ao PL, que caiu de seis para dois deputados e que não chega, propriamente, a ter afinidades ideológicas com a esquerda petista.
Veja também o especial Eleições 2002
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