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28/10/2002
-
11h08
da Agência Folha, em Salvador
O senador eleito Antonio Carlos Magalhães (PFL), 75, disse ontem que o Congresso deve "fazer uma trégua e dar um voto de confiança" pelo menos nos primeiros seis meses da administração do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Antonio Carlos Magalhães também defendeu um pacto de governabilidade para o começo da nova gestão.
"O PFL não quer cargos, não vai fazer aliança (com o PT), mas entende que todos nós precisamos ter boa vontade com Lula no início de seu governo", disse o senador eleito, que votou no petista, na manhã de ontem, em Salvador.
"Jamais sonhei que votaria no Lula, mas a vida sempre muda", disse ACM.
"Vamos fazer uma oposição construtiva, sem radicalismos", afirmou. Antonio Carlos Magalhães disse também que para "ter sucesso e atender às expectativas populares", Lula não deve se unir aos "radicais petistas". "Com radicalismo, ninguém governa o país."
Antes mesmo da reunião da cúpula do PFL, prevista para a próxima quarta-feira, em Brasília, Antonio Carlos Magalhães já saiu em defesa da ida do partido para a oposição. "É claro que temos que ir para a oposição, já que os programas ideológicos dos dois partidos (PFL e PT) são antagônicos", disse.
O vice-presidente da República, Marco Maciel (PFL), disse ontem, após votar em Recife que "o PFL deve buscar sempre a unidade".
"Tomamos a posição certa no primeiro turno, quando liberamos os apoios nos Estados. Agora, precisamos buscar a coesão interna", afirmou.
O pefelista - que, como ACM, foi eleito senador - rebateu as críticas feitas às gestões de FHC e afirmou que a história saberá julgar o atual governo. "No futuro, quando colocarmos o olho no retrovisor veremos que o país mudou para melhor."
Temer
O presidente do PMDB, deputado federal Michel Temer (SP) -reeleito-, afirmou que a eleição colocou seu partido na oposição, "mas não será uma oposição raivosa, e sim de responsabilidade constitucional, aprovando o que for útil para o país".
Segundo Temer, o PMDB não irá cobrar do PT coerência com propostas defendidas enquanto o partido era oposição, como aumento do salário mínimo para US$ 100. "Vamos compreender que governabilidade exige responsabilidade maior", disse.
Veja também o especial Governo Lula
ACM pede trégua de seis meses a Congresso após vitória de Lula
LUIZ FRANCISCOda Agência Folha, em Salvador
O senador eleito Antonio Carlos Magalhães (PFL), 75, disse ontem que o Congresso deve "fazer uma trégua e dar um voto de confiança" pelo menos nos primeiros seis meses da administração do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Antonio Carlos Magalhães também defendeu um pacto de governabilidade para o começo da nova gestão.
"O PFL não quer cargos, não vai fazer aliança (com o PT), mas entende que todos nós precisamos ter boa vontade com Lula no início de seu governo", disse o senador eleito, que votou no petista, na manhã de ontem, em Salvador.
"Jamais sonhei que votaria no Lula, mas a vida sempre muda", disse ACM.
"Vamos fazer uma oposição construtiva, sem radicalismos", afirmou. Antonio Carlos Magalhães disse também que para "ter sucesso e atender às expectativas populares", Lula não deve se unir aos "radicais petistas". "Com radicalismo, ninguém governa o país."
Antes mesmo da reunião da cúpula do PFL, prevista para a próxima quarta-feira, em Brasília, Antonio Carlos Magalhães já saiu em defesa da ida do partido para a oposição. "É claro que temos que ir para a oposição, já que os programas ideológicos dos dois partidos (PFL e PT) são antagônicos", disse.
O vice-presidente da República, Marco Maciel (PFL), disse ontem, após votar em Recife que "o PFL deve buscar sempre a unidade".
"Tomamos a posição certa no primeiro turno, quando liberamos os apoios nos Estados. Agora, precisamos buscar a coesão interna", afirmou.
O pefelista - que, como ACM, foi eleito senador - rebateu as críticas feitas às gestões de FHC e afirmou que a história saberá julgar o atual governo. "No futuro, quando colocarmos o olho no retrovisor veremos que o país mudou para melhor."
Temer
O presidente do PMDB, deputado federal Michel Temer (SP) -reeleito-, afirmou que a eleição colocou seu partido na oposição, "mas não será uma oposição raivosa, e sim de responsabilidade constitucional, aprovando o que for útil para o país".
Segundo Temer, o PMDB não irá cobrar do PT coerência com propostas defendidas enquanto o partido era oposição, como aumento do salário mínimo para US$ 100. "Vamos compreender que governabilidade exige responsabilidade maior", disse.
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