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28/10/2002
-
17h41
da Folha de S.Paulo, em Nova York
Os brasileiros de Nova York, que compõem o maior colégio eleitoral brasileiro fora do Brasil, passaram o dia de ontem esperando. Primeiro, esperando a abertura dos portões da High School of Art and Design, no centro de Manhattan, lugar que o governo norte-americano tradicionalmente cede para eleições nacionais de países latinos.
Abertas as portas, os funcionários do Consulado Brasileiro se instalaram nas mesas das 24 seções e igual número de urnas eletrônicas. Atenderiam até as 17h (19h de Brasília) 4.894 eleitores, mais da metade dos 8.507 registrados, que deram a vitória a Lula (61,9% dos votos válidos) e vieram dos cinco Estados da região, Nova York, Nova Jersey, Connecticut, Delaware e Pensilvânia.
Durante o dia, no entanto, dos eleitores que tinham vindo de cidadezinhas ao redor da Filadélfia aos guardas de trânsito cedidos pela Prefeitura especialmente para o dia, passando pelos jornalistas e repórteres fotográficos, todos esperavam por Gisele.
Gisele no caso é a übermodel gaúcha Gisele Bundchen, a mais bem-paga e famosa do mundo, que divide seu tempo entre uma casa em Hollywood, um chalé em Woodstock (no interior de Nova York) e um apartamento em Tribeca, bairro dos descolados de Manhattan. A pergunta era: afinal, Gisele vem votar ou não?
"Oficialmente, nós não sabemos de nada", dizia a assessora de imprensa do Consulado, Andréa Delgado. "Parece que ela vem", torcia a militante petista Iolanda Monteiro, babysitter brasileira que mora há oito anos nos EUA. "Ouvi dizer que ela vai anular o voto", especulava o segurança que cuidava das filas.
E assim passou o dia, sem incidentes, com menos militantes do que no primeiro turno e sem Gisele nem personalidades, a não ser as locais, como o empresário João de Matos, dono da churrascaria Plataforma, e o presidente da Câmara de Comércio Brasil-EUA, Sérgio Millerman.
Perto das 16h, a minutos do encerramento, ficava cada vez mais evidente que Gisele não viria.
"Parece que está na Argentina", arriscava um. "Ouvi dizer que emendou uns dias em Paris de pois dos desfiles", palpitava outra. Ninguém desistiu: ok, Gisele não vem, mas e Sonia?
Sonia é Sônia Braga, atriz brasileira, nova-iorquina por adoção há quase duas décadas. Cinco da tarde, urnas fechadas, nem Sônia apareceu. Parece que também estava na Argentina, esquiando... Com Gisele?
Veja também o especial Governo Lula
Eleitores brasileiros em NY se "frustram" com ausência de Gisele
SÉRGIO DÁVILAda Folha de S.Paulo, em Nova York
Os brasileiros de Nova York, que compõem o maior colégio eleitoral brasileiro fora do Brasil, passaram o dia de ontem esperando. Primeiro, esperando a abertura dos portões da High School of Art and Design, no centro de Manhattan, lugar que o governo norte-americano tradicionalmente cede para eleições nacionais de países latinos.
Abertas as portas, os funcionários do Consulado Brasileiro se instalaram nas mesas das 24 seções e igual número de urnas eletrônicas. Atenderiam até as 17h (19h de Brasília) 4.894 eleitores, mais da metade dos 8.507 registrados, que deram a vitória a Lula (61,9% dos votos válidos) e vieram dos cinco Estados da região, Nova York, Nova Jersey, Connecticut, Delaware e Pensilvânia.
Durante o dia, no entanto, dos eleitores que tinham vindo de cidadezinhas ao redor da Filadélfia aos guardas de trânsito cedidos pela Prefeitura especialmente para o dia, passando pelos jornalistas e repórteres fotográficos, todos esperavam por Gisele.
Gisele no caso é a übermodel gaúcha Gisele Bundchen, a mais bem-paga e famosa do mundo, que divide seu tempo entre uma casa em Hollywood, um chalé em Woodstock (no interior de Nova York) e um apartamento em Tribeca, bairro dos descolados de Manhattan. A pergunta era: afinal, Gisele vem votar ou não?
"Oficialmente, nós não sabemos de nada", dizia a assessora de imprensa do Consulado, Andréa Delgado. "Parece que ela vem", torcia a militante petista Iolanda Monteiro, babysitter brasileira que mora há oito anos nos EUA. "Ouvi dizer que ela vai anular o voto", especulava o segurança que cuidava das filas.
E assim passou o dia, sem incidentes, com menos militantes do que no primeiro turno e sem Gisele nem personalidades, a não ser as locais, como o empresário João de Matos, dono da churrascaria Plataforma, e o presidente da Câmara de Comércio Brasil-EUA, Sérgio Millerman.
Perto das 16h, a minutos do encerramento, ficava cada vez mais evidente que Gisele não viria.
"Parece que está na Argentina", arriscava um. "Ouvi dizer que emendou uns dias em Paris de pois dos desfiles", palpitava outra. Ninguém desistiu: ok, Gisele não vem, mas e Sonia?
Sonia é Sônia Braga, atriz brasileira, nova-iorquina por adoção há quase duas décadas. Cinco da tarde, urnas fechadas, nem Sônia apareceu. Parece que também estava na Argentina, esquiando... Com Gisele?
Veja também o especial Governo Lula
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