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30/10/2002 - 07h08

"Agora é presidente Lula", afirma FHC

da Folha de S.Paulo, em Brasília

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva não disfarçou o entusiasmo no Palácio do Planalto após os encontros de transição que teve com o presidente Fernando Henrique Cardoso e sua equipe. Usando o salão e o púlpito geralmente reservados para FHC em cerimônias oficiais, iniciou seu pronunciamento brincando com os jornalistas: "Podem começar a se habituar".

O entusiasmo foi correspondido por FHC, que procurou demonstrar descontração durante o encontro com seu sucessor.

Em diversas ocasiões ontem, o presidente eleito elogiou a cordialidade com que tem sido tratado por FHC durante a transição. Segundo ele, o atual presidente estaria promovendo a transição mais democrática da história da América Latina e "praticamente colocou o governo à disposição".

"A disposição do presidente Fernando Henrique Cardoso de fazer do processo de transição uma demonstração efetiva da prática democrática muito agradou ao nosso partido", afirmou o presidente eleito.

Quando a reunião foi aberta para imagem, os fotógrafos estavam reclamando do tumulto para conseguir o melhor lugar no pequeno espaço disponível no gabinete para registrar o encontro. Com bom humor, FHC se virou para o presidente eleito e disse: "Ah, Lula. Peça ao Sindicato dos Metalúrgicos insalubridade porque os flashes estragam as nossas vistas".

Fotógrafos tentavam chamar a atenção do presidente eleito chamando: "Lula, Lula". FHC logo corrigiu: "Respeitem o presidente. Agora, é presidente Lula".

Na saída do Planalto, o petista quebrou o esquema de segurança e desceu do carro para se aproximar de cerca de 200 militantes que aguardaram quatro horas para vê-lo. Por pouco, Lula não caiu no espelho d'água. Foi segurado pelo braço por um segurança a um passo do fosso, que tem um metro de profundidade.

Os simpatizantes, alguns deles portanto faixas, conseguiram se aproximar do palácio porque a segurança não foi reforçada para mantê-los atrás de uma grade montada do outro lado da rua.

Uma das faixas dizia: "Seja bem-vindo meu rei ao seu palácio". Outra trazia um protesto contra a vitória de Joaquim Roriz (PMDB) para o governo do Distrito Federal: "Avanço no nível federal, retrocesso no DF".
Além de Lula, falaram também o porta-voz da campanha, André Singer, e o coordenador da transição do lado do novo governo, Antônio Palocci. Singer manteve o tom solene e anunciou a duração das reuniões e a agenda de Lula.

Veja também o especial Governo Lula
 

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