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31/10/2002
-
06h08
da Agência Folha, em Porto Alegre
Com a derrota do PT na disputa estadual ao governo gaúcho e a disposição do eleito Germano Rigotto (PMDB) de tirar seu rótulo de evento petista, o Fórum Mundial Social de Porto Alegre deverá ter novos financiadores em sua terceira edição -de 23 a 28 de janeiro do ano que vem.
Os organizadores querem a ajuda do governo federal, que a partir de janeiro passa às mãos do PT, para organizar o que consideram o contraponto ao Fórum Econômico Mundial, que reúne a nata política e econômica do mundo anualmente à mesma época.
Desde sua criação, há dois anos, o evento foi dominado pelo petismo. Do ponto de vista teórico, ainda que a organização negue, sempre houve acusações do domínio de correntes petistas nos debates e nos temas. Do ponto de vista pragmático, a relação de dependência é ainda maior.
No ano passado, o governo de Olívio Dutra (PT) no Rio Grande do Sul desembolsou R$ 2,3 milhões no Fórum. A prefeitura, também nas mãos do PT, investiu R$ 818,4 mil. O retorno estimado do evento foi de R$ 57 milhões.
O coordenador-executivo do Fórum, Jeferson Miola, reuniu-se ontem em São Paulo com a organização do evento. Miola representa o governo gaúcho e deve continuar trabalhando na organização, apesar da derrota.
"É cedo para o governo federal tratar desse assunto, e o fórum independe de governos. Mas acredito que deve haver ajuda para a realização", disse Miola.
O que poderá ocorrer é o mesmo tipo de apoio dado pelo governo gaúcho, que investiu, por exemplo, em aluguel, decoração do centro de eventos da PUC-RS, passagens e hospedagens de conferencistas e divulgação.
A expectativa é de que o FSM de 2003 receba 100 mil pessoas, contra as 60 mil deste ano. Em 2001, com 20 mil participantes, o Estado gastou R$ 1,5 milhão. A prefeitura, outros R$ 419 mil.
O presidente da Abong (Associação Brasileira de ONGs), Sérgio Adad, diz que a realização do FSM independe de quem esteja no governo gaúcho.
"O fórum tem enraizamento com as populações gaúcha e de Porto Alegre. Não é de partido ou governo. Estamos abertos a todos os que queiram um novo mundo. O importante é que respeitem a nossa autonomia", disse ele.
O governador eleito do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, já se pronunciou favoravelmente à realização do Fórum em Porto Alegre. Considera importante que haja a participação de correntes políticas diversas. ""O Fórum Social poderia ser um pouquinho mais aberto do que é."
O coordenador da Cives (Associação Brasileira de Empresários pela Cidadania) no Estado, César Pires, acredita em uma boa relação com o PMDB e diz não haver vínculo com governo ou partido.
Veja também o especial Governo Lula
Com derrota do PT no Estado, Fórum Mundial busca novos financiadores
LÉO GERCHMANNda Agência Folha, em Porto Alegre
Com a derrota do PT na disputa estadual ao governo gaúcho e a disposição do eleito Germano Rigotto (PMDB) de tirar seu rótulo de evento petista, o Fórum Mundial Social de Porto Alegre deverá ter novos financiadores em sua terceira edição -de 23 a 28 de janeiro do ano que vem.
Os organizadores querem a ajuda do governo federal, que a partir de janeiro passa às mãos do PT, para organizar o que consideram o contraponto ao Fórum Econômico Mundial, que reúne a nata política e econômica do mundo anualmente à mesma época.
Desde sua criação, há dois anos, o evento foi dominado pelo petismo. Do ponto de vista teórico, ainda que a organização negue, sempre houve acusações do domínio de correntes petistas nos debates e nos temas. Do ponto de vista pragmático, a relação de dependência é ainda maior.
No ano passado, o governo de Olívio Dutra (PT) no Rio Grande do Sul desembolsou R$ 2,3 milhões no Fórum. A prefeitura, também nas mãos do PT, investiu R$ 818,4 mil. O retorno estimado do evento foi de R$ 57 milhões.
O coordenador-executivo do Fórum, Jeferson Miola, reuniu-se ontem em São Paulo com a organização do evento. Miola representa o governo gaúcho e deve continuar trabalhando na organização, apesar da derrota.
"É cedo para o governo federal tratar desse assunto, e o fórum independe de governos. Mas acredito que deve haver ajuda para a realização", disse Miola.
O que poderá ocorrer é o mesmo tipo de apoio dado pelo governo gaúcho, que investiu, por exemplo, em aluguel, decoração do centro de eventos da PUC-RS, passagens e hospedagens de conferencistas e divulgação.
A expectativa é de que o FSM de 2003 receba 100 mil pessoas, contra as 60 mil deste ano. Em 2001, com 20 mil participantes, o Estado gastou R$ 1,5 milhão. A prefeitura, outros R$ 419 mil.
O presidente da Abong (Associação Brasileira de ONGs), Sérgio Adad, diz que a realização do FSM independe de quem esteja no governo gaúcho.
"O fórum tem enraizamento com as populações gaúcha e de Porto Alegre. Não é de partido ou governo. Estamos abertos a todos os que queiram um novo mundo. O importante é que respeitem a nossa autonomia", disse ele.
O governador eleito do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, já se pronunciou favoravelmente à realização do Fórum em Porto Alegre. Considera importante que haja a participação de correntes políticas diversas. ""O Fórum Social poderia ser um pouquinho mais aberto do que é."
O coordenador da Cives (Associação Brasileira de Empresários pela Cidadania) no Estado, César Pires, acredita em uma boa relação com o PMDB e diz não haver vínculo com governo ou partido.
Veja também o especial Governo Lula
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