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04/11/2002
-
18h35
da Folha Online, em Brasília
O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), afirmou hoje que é contrário ao eventual apoio do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à candidatura de José Sarney (PMDB-AP) à presidência do Senado. Segundo Calheiros, uma declaração de apoio de Lula a Sarney abriria um precedente "terrível".
A escolha dos futuros presidentes da Câmara e do Senado acontecerá em fevereiro. Os escolhidos assumirão os cargos por um mandato de dois anos, podendo se reeleger.
"Seria um precedente terrível. O PMDB vai escolher quem vai presidir o Senado dentro dos seus quadros. Só a bancada vai decidir", afirmou Calheiros. "Não está havendo [interferência de Lula] e nem haverá", completou.
O líder do PMDB defende a manutenção do diálogo do partido com o PT. "Temos que conversar, mas conversar institucionalmente. Conversar não arranca pedaço", afirmou o senador.
Paralelamente às eleições na Câmara e no Senado, estão acontecendo negociações para a formação de uma base de apoio político para Lula. O PT manifestou posição favorável à tese do PMDB de viabilizar o apoio ao futuro governo por meio do Legislativo.
Por enquanto, o PMDB tem três nomes para disputa a Presidência do Senado. O próprio Renan Calheiros, o atual presidente Ramez Tebet (MS) e o senador José Sarney (AP), que já presidiu a casa no biênio 1995/1996.
Tradicionalmente, o maior partido em cada casa tem o direito de indicar o presidente. Na Câmara, o PT elegeu a maior bancada, com 91 deputados. No Senado, a situação é mais complicada uma vez que PMDB e PFL, com 19 senadores cada, dividem a maior bancada.
De acordo com Calheiros, o PMDB pode, num "curtíssimo prazo" ganhar a adesão de mais três ou quatro senadores. Ele não quis revelar os nomes dos "futuros" peemedebistas.
A sucessão no Senado e na Câmara será o cardápio de um jantar nesta noite com a participação de Sarney e do presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP). O encontro acontecerá no apartamento de Temer, em Brasília
Veja também o especial Governo Lula
Apoio de Lula a Sarney seria precedente "terrível" , diz Calheiros
RICARDO MIGNONEda Folha Online, em Brasília
O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), afirmou hoje que é contrário ao eventual apoio do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à candidatura de José Sarney (PMDB-AP) à presidência do Senado. Segundo Calheiros, uma declaração de apoio de Lula a Sarney abriria um precedente "terrível".
A escolha dos futuros presidentes da Câmara e do Senado acontecerá em fevereiro. Os escolhidos assumirão os cargos por um mandato de dois anos, podendo se reeleger.
"Seria um precedente terrível. O PMDB vai escolher quem vai presidir o Senado dentro dos seus quadros. Só a bancada vai decidir", afirmou Calheiros. "Não está havendo [interferência de Lula] e nem haverá", completou.
O líder do PMDB defende a manutenção do diálogo do partido com o PT. "Temos que conversar, mas conversar institucionalmente. Conversar não arranca pedaço", afirmou o senador.
Paralelamente às eleições na Câmara e no Senado, estão acontecendo negociações para a formação de uma base de apoio político para Lula. O PT manifestou posição favorável à tese do PMDB de viabilizar o apoio ao futuro governo por meio do Legislativo.
Por enquanto, o PMDB tem três nomes para disputa a Presidência do Senado. O próprio Renan Calheiros, o atual presidente Ramez Tebet (MS) e o senador José Sarney (AP), que já presidiu a casa no biênio 1995/1996.
Tradicionalmente, o maior partido em cada casa tem o direito de indicar o presidente. Na Câmara, o PT elegeu a maior bancada, com 91 deputados. No Senado, a situação é mais complicada uma vez que PMDB e PFL, com 19 senadores cada, dividem a maior bancada.
De acordo com Calheiros, o PMDB pode, num "curtíssimo prazo" ganhar a adesão de mais três ou quatro senadores. Ele não quis revelar os nomes dos "futuros" peemedebistas.
A sucessão no Senado e na Câmara será o cardápio de um jantar nesta noite com a participação de Sarney e do presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP). O encontro acontecerá no apartamento de Temer, em Brasília
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