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14/11/2002
-
19h33
da Folha Online
O coordenador do projeto "Fome Zero", José Graziano, defendeu nesta quinta-feira em São Paulo a vinculação da renda do programa à compra de alimentos e disse que o desvio para a compra de outros produtos com o uso de cupons é de 5% a 6% do total distribuído.
"Um projeto de combate à fome tem que ter uma vinculação deste dinheiro ao consumo de alimentos. É para gastar em alimentos. Existem outros programas que são complementares. O sujeito que tiver que consertar a casa, tem outros programas. Se tiver que comprar caderno para o filho, tem outros programas", disse Graziano.
Segundo o coordenador, estudos mostram que se o dinheiro não for vinculado apenas 10% a 15% do valor é destinados à alimentação.
Segundo Graziano, o projeto "Fome Zero", anunciado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como prioridade de seu governo, ainda não está fechado. O programa tem recebido críticas, inclusive do presidente Fernando Henrique Cardos, de que a limitação do gasto no consumo é ultrapassado e tem caráter assistencialista.
Missão
Graziano anunciou hoje _ junto com o representante da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) para a América Latina e Caribe, Gustavo Gordillo_ que uma missão conjunta da FAO, do Bird (Banco Mundial) e do BID (Banco Interamericando de Desenvolvimento)
virá ao Brasil na primeira semana de dezembro para discutir o projeto.
Segundo Graziano, recursos de projetos das três instituições podem ser remanejados para o programa de combate à fome. O professor não soube detalhar que projetos seriam nem o total de recursos. Ele disse que estas informações serão levantadas nos próximos 15 dias.
Gordillo evitou comentar o projeto "Fome Zero" e disse que a FAO respeita a soberania dos países e apenas coloca à disposição sua experiência.
O representante da FAO não quis comentar a declaração do presidente Fernando Henrique Cardoso em uma entrevista à BBC que não há fome no país e sim desnutrição.
Segundo ele, na avaliação da FAO, o Brasil está em uma posição intermediária em relação à desnutrição, pois teria 10% de sua população desnutrida.
Veja também o especial Governo Lula
Graziano defende vinculação de gastos do "Fome Zero"
SÍLVIA FREIREda Folha Online
O coordenador do projeto "Fome Zero", José Graziano, defendeu nesta quinta-feira em São Paulo a vinculação da renda do programa à compra de alimentos e disse que o desvio para a compra de outros produtos com o uso de cupons é de 5% a 6% do total distribuído.
"Um projeto de combate à fome tem que ter uma vinculação deste dinheiro ao consumo de alimentos. É para gastar em alimentos. Existem outros programas que são complementares. O sujeito que tiver que consertar a casa, tem outros programas. Se tiver que comprar caderno para o filho, tem outros programas", disse Graziano.
Segundo o coordenador, estudos mostram que se o dinheiro não for vinculado apenas 10% a 15% do valor é destinados à alimentação.
Segundo Graziano, o projeto "Fome Zero", anunciado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como prioridade de seu governo, ainda não está fechado. O programa tem recebido críticas, inclusive do presidente Fernando Henrique Cardos, de que a limitação do gasto no consumo é ultrapassado e tem caráter assistencialista.
Missão
Graziano anunciou hoje _ junto com o representante da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) para a América Latina e Caribe, Gustavo Gordillo_ que uma missão conjunta da FAO, do Bird (Banco Mundial) e do BID (Banco Interamericando de Desenvolvimento)
virá ao Brasil na primeira semana de dezembro para discutir o projeto.
Segundo Graziano, recursos de projetos das três instituições podem ser remanejados para o programa de combate à fome. O professor não soube detalhar que projetos seriam nem o total de recursos. Ele disse que estas informações serão levantadas nos próximos 15 dias.
Gordillo evitou comentar o projeto "Fome Zero" e disse que a FAO respeita a soberania dos países e apenas coloca à disposição sua experiência.
O representante da FAO não quis comentar a declaração do presidente Fernando Henrique Cardoso em uma entrevista à BBC que não há fome no país e sim desnutrição.
Segundo ele, na avaliação da FAO, o Brasil está em uma posição intermediária em relação à desnutrição, pois teria 10% de sua população desnutrida.
Veja também o especial Governo Lula
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