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19/11/2002
-
13h19
da Folha Online
A possibilidade de o Orçamento de 2003 prever um salário mínimo de R$ 230 foi considerada simbólica por João Felício, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores). Após participar do seminário "Ambiente Institucional e Reformas", promovido pela Fiesp, em São Paulo, Felício disse apostar em um valor de R$ 240 para o salário mínimo a partir de maio do ano que vem.
Segundo Felício, o governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), terá condições de negociar este valor com maior facilidade após indicar no Orçamento um valor de R$ 230 para o salário mínimo.
Na avaliação dele, indicar no Orçamento um valor menor significa trabalhar com um cenário que não comprometa um aumento posterior do valor do salário.
"A reivindicação [da CUT] é que haja reajuste real de salário mínimo todo o ano para que se possa dobrar o atual valor. Tenho certeza absoluta que vai se chegar em maio aos R$ 240", disse Felício.
O Congresso Nacional está discutindo a viabilidade de um aumento para o salário mínimo maior do que os R$ 211 sugerido pelo atual governo. A proposta de aumentar o salário mínimo para R$ 230 foi feita ontem pelo deputado federal Jorge Bittar (PT-RJ), representante do partido na Comissão Mista de Gestão e Orçamento.
Apoio da oposição
Segundo o ex-ministro da Previdência e deputado federal Roberto Brant, (PFL-MG) o aumento do mínimo é uma escolha do próximo governo. Para ele, se o aumento acima de R$ 211 for proposto, o PFL deve apoiar sua aprovação.
Para Brant, aumentar o mínimo não é a melhor maneira de diminuir a pobreza por ser um benefício mais voltado aos aposentados. Ele sugeriu que o combate à pobreza seja feito pelo aumento da verba destinada à merenda escolar e para o programa Bolsa-Escola.
"Se derem uma de Paulo Paim [deputado do PT-RS] de querer subir [o salário mínimo] para R$ 250, nós vamos lamentar, mas vai passar. Não temos como impedir nossos deputados de votar a favor", disse Brant.
Veja também o especial Governo Lula
Para presidente da CUT, salário mínimo será de R$ 240
CAMILO TOSCANOda Folha Online
A possibilidade de o Orçamento de 2003 prever um salário mínimo de R$ 230 foi considerada simbólica por João Felício, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores). Após participar do seminário "Ambiente Institucional e Reformas", promovido pela Fiesp, em São Paulo, Felício disse apostar em um valor de R$ 240 para o salário mínimo a partir de maio do ano que vem.
Segundo Felício, o governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), terá condições de negociar este valor com maior facilidade após indicar no Orçamento um valor de R$ 230 para o salário mínimo.
Na avaliação dele, indicar no Orçamento um valor menor significa trabalhar com um cenário que não comprometa um aumento posterior do valor do salário.
"A reivindicação [da CUT] é que haja reajuste real de salário mínimo todo o ano para que se possa dobrar o atual valor. Tenho certeza absoluta que vai se chegar em maio aos R$ 240", disse Felício.
O Congresso Nacional está discutindo a viabilidade de um aumento para o salário mínimo maior do que os R$ 211 sugerido pelo atual governo. A proposta de aumentar o salário mínimo para R$ 230 foi feita ontem pelo deputado federal Jorge Bittar (PT-RJ), representante do partido na Comissão Mista de Gestão e Orçamento.
Apoio da oposição
Segundo o ex-ministro da Previdência e deputado federal Roberto Brant, (PFL-MG) o aumento do mínimo é uma escolha do próximo governo. Para ele, se o aumento acima de R$ 211 for proposto, o PFL deve apoiar sua aprovação.
Para Brant, aumentar o mínimo não é a melhor maneira de diminuir a pobreza por ser um benefício mais voltado aos aposentados. Ele sugeriu que o combate à pobreza seja feito pelo aumento da verba destinada à merenda escolar e para o programa Bolsa-Escola.
"Se derem uma de Paulo Paim [deputado do PT-RS] de querer subir [o salário mínimo] para R$ 250, nós vamos lamentar, mas vai passar. Não temos como impedir nossos deputados de votar a favor", disse Brant.
Veja também o especial Governo Lula
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