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27/11/2002
-
08h03
FÁBIO ZANINI
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, deixou dívida de campanha de R$ 5,9 milhões. Ele gastou R$ 34,4 milhões (arrecadou R$ 28,5 milhões), praticamente o mesmo que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, que gastou R$ 33,7 milhões (arrecadou R$ 33 milhões). Lula também deixou dívida, embora bem menor: R$ 770 mil.
Os comitês eleitorais de ambos prestaram contas ontem ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) da arrecadação e das despesas de campanha e informaram que os débitos serão assumidos e posteriormente pagos pelos respectivos partidos.
O principal doador de Serra foi o Banco Itaú, com R$ 2,2 milhões. Em segundo lugar, está o grupo Votorantim, do empresário Antônio Ermírio de Moraes, com R$ 2,05 milhões.
O maior doador, entre as pessoas físicas, foi o ex-banqueiro e investidor financeiro do Rio de Janeiro Antônio José de Almeida Carneiro, com R$ 1 milhão.
Outro R$ 1,1 milhão foi arrecadado por Serra depois da derrota, no segundo turno.
Já o presidente eleito obteve cerca de R$ 2 milhões no período posterior a 27 de outubro.
Na campanha petista, o maior doador foi o grupo Coteminas, do vice-presidente eleito, José Alencar. A contribuição foi de R$ 2,3 milhões. Em seguida, apareceu o banco Santander, que doou R$ 1,4 milhão.
Entre as pessoas físicas, a principal doadora foi a modelo Luma de Oliveira, com R$ 27 mil.
A campanha petista foi de longe a mais cara das quatro que disputou. Em 98, por exemplo, a despesa ficou em cerca de R$ 4 milhões (valor não atualizado).
Propaganda
No detalhamento das despesas apresentado ao tribunal, Lula apontou como principal item o gasto com marketing. No quesito "produções audiovisuais", que engloba o gasto com o programa de TV, foram despendidos R$ 7 milhões.
No item "propagandas e publicidade", referente à despesa com outdoors e panfletos, por exemplo, o dispêndio do petista foi de R$ 5,3 milhões.
Já o gasto com viagens, quase sempre em jatos fretados, ficou em R$ 2,1 milhões, enquanto a despesa com cachês de artistas como a dupla sertaneja Zezé Di Camargo & Luciano situou-se em R$ 1,4 milhão.
Durante a campanha, o petista chegou a pedir ao TSE aumento no seu limite de gastos, de R$ 36 milhões para R$ 48 milhões. Serra estimou teto de R$ 60 milhões.
Alguns gastos do candidato tucano foram: R$ 6,8 milhões com o programa de TV, R$ 5,1 milhões com serviços prestados, R$ 3,6 milhões com cachês de artistas e animadores, R$ 3,05 milhões com propaganda em geral e R$ 2,9 milhões em viagens.
O PSDB e o PT terão que informar ao TSE, nos próximos anos, a origem dos recursos utilizados para liquidar a dívida remanescente.
O TSE deverá aprovar as contas nos próximos dias. A diplomação do presidente eleito, prevista para 14 de dezembro, depende desse julgamento.
Lula e Serra deixam dívida da campanha a presidente
SILVANA DE FREITASFÁBIO ZANINI
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, deixou dívida de campanha de R$ 5,9 milhões. Ele gastou R$ 34,4 milhões (arrecadou R$ 28,5 milhões), praticamente o mesmo que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, que gastou R$ 33,7 milhões (arrecadou R$ 33 milhões). Lula também deixou dívida, embora bem menor: R$ 770 mil.
Os comitês eleitorais de ambos prestaram contas ontem ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) da arrecadação e das despesas de campanha e informaram que os débitos serão assumidos e posteriormente pagos pelos respectivos partidos.
O principal doador de Serra foi o Banco Itaú, com R$ 2,2 milhões. Em segundo lugar, está o grupo Votorantim, do empresário Antônio Ermírio de Moraes, com R$ 2,05 milhões.
O maior doador, entre as pessoas físicas, foi o ex-banqueiro e investidor financeiro do Rio de Janeiro Antônio José de Almeida Carneiro, com R$ 1 milhão.
Outro R$ 1,1 milhão foi arrecadado por Serra depois da derrota, no segundo turno.
Já o presidente eleito obteve cerca de R$ 2 milhões no período posterior a 27 de outubro.
Na campanha petista, o maior doador foi o grupo Coteminas, do vice-presidente eleito, José Alencar. A contribuição foi de R$ 2,3 milhões. Em seguida, apareceu o banco Santander, que doou R$ 1,4 milhão.
Entre as pessoas físicas, a principal doadora foi a modelo Luma de Oliveira, com R$ 27 mil.
A campanha petista foi de longe a mais cara das quatro que disputou. Em 98, por exemplo, a despesa ficou em cerca de R$ 4 milhões (valor não atualizado).
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No detalhamento das despesas apresentado ao tribunal, Lula apontou como principal item o gasto com marketing. No quesito "produções audiovisuais", que engloba o gasto com o programa de TV, foram despendidos R$ 7 milhões.
No item "propagandas e publicidade", referente à despesa com outdoors e panfletos, por exemplo, o dispêndio do petista foi de R$ 5,3 milhões.
Já o gasto com viagens, quase sempre em jatos fretados, ficou em R$ 2,1 milhões, enquanto a despesa com cachês de artistas como a dupla sertaneja Zezé Di Camargo & Luciano situou-se em R$ 1,4 milhão.
Durante a campanha, o petista chegou a pedir ao TSE aumento no seu limite de gastos, de R$ 36 milhões para R$ 48 milhões. Serra estimou teto de R$ 60 milhões.
Alguns gastos do candidato tucano foram: R$ 6,8 milhões com o programa de TV, R$ 5,1 milhões com serviços prestados, R$ 3,6 milhões com cachês de artistas e animadores, R$ 3,05 milhões com propaganda em geral e R$ 2,9 milhões em viagens.
O PSDB e o PT terão que informar ao TSE, nos próximos anos, a origem dos recursos utilizados para liquidar a dívida remanescente.
O TSE deverá aprovar as contas nos próximos dias. A diplomação do presidente eleito, prevista para 14 de dezembro, depende desse julgamento.
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