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Ministros do STF saem em defesa de Gilmar Mendes, criticado por habeas corpus a Dantas
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GABRIELA GUERREIRO
RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) saíram em defesa nesta sexta-feira do presidente do tribunal, Gilmar Mendes, que recebeu duras críticas em meio à Operação Satiagraha, da Polícia Federal, depois de conceder dois habeas corpus ao banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity.
Na primeira sessão plenária do STF após o recesso parlamentar de julho, o ministro Celso de Mello --o mais antigo da Corte-- fez uma espécie de desagravo a Mendes.
O discurso de Mello teve apoio dos demais ministros presentes na sessão, assim como do advogado-geral da União, José Antônio Toffolli.
"Eventos notórios, que foram largamente divulgados no mês de julho pelos meios de comunicação social, levam, ainda que isso seja desnecessário, a reafirmar, publicamente o meu respeito pela forma digna e idônea com que Vossa Excelência, agindo com segura determinação, preservou a autoridade desta Suprema Corte", afirmou Mello.
O ministro disse que Mendes "fez prevalecer decisões revestidas de densa fundamentação jurídica" ao seguir rigorosamente as determinações do "ordenamento legal" na concessão dos habeas corpus.
"Peço a Vossa Excelência que faça consignar nas atas de nossos trabalhos essa declaração", disse Mello.
Com exceção dos ministros Eros Grau e Joaquim Barbosa, que não participaram da sessão, todos os demais membros da Corte apoiaram o desagravo de Mello. A exceção foi o vice-procurador Geral da República, Roberto Gurgel, que acompanhou o desagravo sem se manifestar --mesmo estando sentado ao lado de Mendes no plenário.
Polêmica
Durante a Operação Satiagraha, Mendes abriu uma crise no Poder Judiciário depois de conceder habeas corpus, pela segunda vez em uma semana, ao banqueiro Daniel Dantas.
O presidente do STF também estendeu o habeas corpus concedido a Dantas para liberar o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e o investidor Naji Nahas, além de outros noves presos pela PF.
O juiz Fausto Martin De Sanctis, da 6ª Vara Criminal da Justiça Federal, foi responsável pelos dois pedidos de prisão do banqueiro, mas as prisões foram revogadas por determinação de Mendes --o que irritou juízes e magistrados por contrariar a decisão de Sanctis.
Procuradores da República chegaram a articular a apresentação, no Senado, de um pedido de impeachment do presidente do STF em razão da sua atuação nos habeas corpus de Dantas.
A iniciativa perdeu força depois que a Mesa Diretora do Senado negou pedido semelhante apresentado contra Mendes por manifestantes ligados à CUT (Central Única dos Trabalhadores).
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Imagine aquela estatual que representa a justiça como ela realmente deveria sr. A balança que ela segura estaria pendendo para o lado em que a bandeja estaria cheia de ouro e a venda nos olhos é transparente. Esta é a justiça brasileira. Besta de quem acha que dinheiro não compra qualquer coisa.
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