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01/12/2002
-
09h40
da Agência Folha, em Salvador
Duas empreiteiras que têm estreita ligação com o governo pefelista baiano estão entre as maiores doadoras da campanha do governador eleito Paulo Souto (PFL) -Norberto Odebrecht e a OAS.
Dos R$ 4 milhões gastos pelo governador na campanha, a Odebrecht contribuiu com R$ 1,25 milhão (31,25%). A OAS, empresa que tem como um dos sócios um ex-genro de Antonio Carlos Magalhães (PFL), doou à campanha pefelista R$ 400 mil (10%).
Nos últimos anos, a OAS e a Odebrecht estiveram à frente de grandes obras executadas pelo governo estadual -a Linha Verde (estrada que liga Salvador a Aracaju pelo litoral), a reforma e ampliação ao Aeroporto Deputado Luís Eduardo Magalhães, o Bahia Azul (maior programa de saneamento em execução no país) e duplicação e exploração do pedágio do principal acesso às praias do litoral norte da capital baiana.
"Todos sabem que o Tribunal de Contas da União detectou muitas irregularidades nas obras de modernização do aeroporto de Salvador e que o governo baiano teve que repassar mais R$ 24 milhões à Construtora OAS para que o projeto fosse concluído. Com isso, o erário cobriu um rombo privado", disse Emiliano José (PT), eleito deputado estadual.
No total, a OAS recebeu R$ 238 milhões para efetuar as obras de ampliação do principal aeroporto do Estado. A Construtora Norberto Odebrecht participou da primeira etapa do Bahia Azul (projeto total de US$ 600 milhões) e da construção da Linha Verde.
A construtora é uma das proprietárias da Concessionária Litoral Norte, responsável pela duplicação e cobrança de pedágio na Estrada do Coco -rodovia que liga Salvador ao litoral norte.
O governador Otto Alencar (PL) nega haver cartas marcadas como aponta a oposição baiana. "Isso é choro de quem já perdeu quatro vezes consecutivas a eleição para o governo estadual e duas para a Prefeitura de Salvador. Isso é choro dos derrotados."
De acordo com Alencar, os oposicionistas baianos não têm projeto administrativo e somente sabem criticar. "A Bahia é um exemplo de administração eficiente, com a sua folha de pagamento em dia e com obras em todas as regiões."
A Construtora Norberto Odebrecht refutou a acusação. "A Odebrecht é uma empresa baiana, fundada em 1945, e que sempre fez obras em todas as administrações que passaram pelo Estado." A Agência Folha entrou em contato com a OAS, mas não recebeu resposta.
Paulo Souto recebe R$ 1,2 mi de empresas na BA
LUIZ FRANCISCOda Agência Folha, em Salvador
Duas empreiteiras que têm estreita ligação com o governo pefelista baiano estão entre as maiores doadoras da campanha do governador eleito Paulo Souto (PFL) -Norberto Odebrecht e a OAS.
Dos R$ 4 milhões gastos pelo governador na campanha, a Odebrecht contribuiu com R$ 1,25 milhão (31,25%). A OAS, empresa que tem como um dos sócios um ex-genro de Antonio Carlos Magalhães (PFL), doou à campanha pefelista R$ 400 mil (10%).
Nos últimos anos, a OAS e a Odebrecht estiveram à frente de grandes obras executadas pelo governo estadual -a Linha Verde (estrada que liga Salvador a Aracaju pelo litoral), a reforma e ampliação ao Aeroporto Deputado Luís Eduardo Magalhães, o Bahia Azul (maior programa de saneamento em execução no país) e duplicação e exploração do pedágio do principal acesso às praias do litoral norte da capital baiana.
"Todos sabem que o Tribunal de Contas da União detectou muitas irregularidades nas obras de modernização do aeroporto de Salvador e que o governo baiano teve que repassar mais R$ 24 milhões à Construtora OAS para que o projeto fosse concluído. Com isso, o erário cobriu um rombo privado", disse Emiliano José (PT), eleito deputado estadual.
No total, a OAS recebeu R$ 238 milhões para efetuar as obras de ampliação do principal aeroporto do Estado. A Construtora Norberto Odebrecht participou da primeira etapa do Bahia Azul (projeto total de US$ 600 milhões) e da construção da Linha Verde.
A construtora é uma das proprietárias da Concessionária Litoral Norte, responsável pela duplicação e cobrança de pedágio na Estrada do Coco -rodovia que liga Salvador ao litoral norte.
O governador Otto Alencar (PL) nega haver cartas marcadas como aponta a oposição baiana. "Isso é choro de quem já perdeu quatro vezes consecutivas a eleição para o governo estadual e duas para a Prefeitura de Salvador. Isso é choro dos derrotados."
De acordo com Alencar, os oposicionistas baianos não têm projeto administrativo e somente sabem criticar. "A Bahia é um exemplo de administração eficiente, com a sua folha de pagamento em dia e com obras em todas as regiões."
A Construtora Norberto Odebrecht refutou a acusação. "A Odebrecht é uma empresa baiana, fundada em 1945, e que sempre fez obras em todas as administrações que passaram pelo Estado." A Agência Folha entrou em contato com a OAS, mas não recebeu resposta.
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