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06/12/2002
-
20h42
No segundo dia da Operação Arca de Nóe, em Cuiabá, a Polícia Federal invadiu a empresa Real Factoring, sede dos negócios de João Arcanjo Ribeiro, 52, apontado como o chefe do crime organizado no Estado.
No local, foram encontrados três cheques da Assembléia Legislativa de Mato Grosso, num valor total de R$ 1.044.000,00. Arcanjo está foragido desde ontem.
Os cheques são datados do dia 27 de novembro de 2000, no valor de R$ 348 mil cada, e foram assinados pelos deputados estaduais José Riva (PSDB) e Humberto Bosaipo (PL), à época presidente e primeiro-secretário, respectivamente. Ambos davam sustentação ao então governador Dante de Oliveira (PSDB).
A polícia não diz qual sua suspeita sobre os cheques. O deputado Bosaipo informou por meio de sua assessoria que solicitará informações sobre o material apreendido e que mandará fazer um levantamento dos cheques para depois comentar o caso. O deputado Riva não respondeu ao pedido de entrevista.
A prisão de Arcanjo e os mandados de busca e apreensão em suas empresas foram solicitados por promotores e procuradores federais e concedidos pelo juiz da 1ª Vara Federal em Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva.
No pedido à Justiça, é informado que a diferença entre o patrimônio declarado por Arcanjo à Receita Federal, e o de fato movimentado é de R$ 900 milhões.
Arcanjo também é acusado de ser o mandante do assassinato do dono do jornal "Folha do Estado", Sávio Brandão, em 30 de setembro. O jornal chamava o comendador Arcanjo, como é conhecido, de "Al Capone de Mato Grosso".
Para a Operação Arca de Noé continuam em Cuiabá delegados, escrivães e peritos federais que inspecionam e formalizam o material apreendido nas empresas de Arcanjo. Cem agentes participam da operação. Oito salas guardam o material apreendido.
Segundo o delegado Reinaldo Almeida César, as buscas a Arcanjo continuam. "Não é possível dizermos se estamos longe ou perto, mas estamos procurando", disse o delegado.
Quatro pessoas ligadas a Arcanjo _um contador e três coronéis aposentados da Polícia Militar_ já estão presos.
O advogado de Arcanjo, Henrique Vieira, disse ontem que até segunda-feira protocola no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília, um pedido de habeas corpus. "Arcanjo não está na cidade e não cogita a hipótese de se apresentar", disse o advogado.
Ele não fez comentários sobre os cheques e outros materiais apreendidos pela polícia.
Polícia Federal apreende cheques em empresa de "Arcanjo"
da Agência FolhaNo segundo dia da Operação Arca de Nóe, em Cuiabá, a Polícia Federal invadiu a empresa Real Factoring, sede dos negócios de João Arcanjo Ribeiro, 52, apontado como o chefe do crime organizado no Estado.
No local, foram encontrados três cheques da Assembléia Legislativa de Mato Grosso, num valor total de R$ 1.044.000,00. Arcanjo está foragido desde ontem.
Os cheques são datados do dia 27 de novembro de 2000, no valor de R$ 348 mil cada, e foram assinados pelos deputados estaduais José Riva (PSDB) e Humberto Bosaipo (PL), à época presidente e primeiro-secretário, respectivamente. Ambos davam sustentação ao então governador Dante de Oliveira (PSDB).
A polícia não diz qual sua suspeita sobre os cheques. O deputado Bosaipo informou por meio de sua assessoria que solicitará informações sobre o material apreendido e que mandará fazer um levantamento dos cheques para depois comentar o caso. O deputado Riva não respondeu ao pedido de entrevista.
A prisão de Arcanjo e os mandados de busca e apreensão em suas empresas foram solicitados por promotores e procuradores federais e concedidos pelo juiz da 1ª Vara Federal em Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva.
No pedido à Justiça, é informado que a diferença entre o patrimônio declarado por Arcanjo à Receita Federal, e o de fato movimentado é de R$ 900 milhões.
Arcanjo também é acusado de ser o mandante do assassinato do dono do jornal "Folha do Estado", Sávio Brandão, em 30 de setembro. O jornal chamava o comendador Arcanjo, como é conhecido, de "Al Capone de Mato Grosso".
Para a Operação Arca de Noé continuam em Cuiabá delegados, escrivães e peritos federais que inspecionam e formalizam o material apreendido nas empresas de Arcanjo. Cem agentes participam da operação. Oito salas guardam o material apreendido.
Segundo o delegado Reinaldo Almeida César, as buscas a Arcanjo continuam. "Não é possível dizermos se estamos longe ou perto, mas estamos procurando", disse o delegado.
Quatro pessoas ligadas a Arcanjo _um contador e três coronéis aposentados da Polícia Militar_ já estão presos.
O advogado de Arcanjo, Henrique Vieira, disse ontem que até segunda-feira protocola no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília, um pedido de habeas corpus. "Arcanjo não está na cidade e não cogita a hipótese de se apresentar", disse o advogado.
Ele não fez comentários sobre os cheques e outros materiais apreendidos pela polícia.
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