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07/12/2002 - 03h28

PF liga provável chefe do crime organizado no Estado a deputados

Free-lance para a Agência Folha

No segundo dia da Operação Arca de Nóe, em Cuiabá, a Polícia Federal invadiu a empresa Real Factoring, sede dos negócios de João Arcanjo Ribeiro, 52, apontado como o chefe do crime organizado no Estado. No local, foram encontrados três cheques da Assembléia Legislativa de Mato Grosso, num valor total de R$ 1.044.000,00. Arcanjo está foragido desde anteontem.

Os cheques são datados do dia 27 de novembro de 2000, no valor de R$ 348 mil cada, e foram assinados pelos deputados estaduais José Riva (PSDB) e Humberto Bosaipo (PL). Ambos davam sustentação ao então governador Dante de Oliveira (PSDB).

O deputado Bosaipo informou que solicitará informações sobre o material apreendido para depois comentar o caso. O deputado Riva não quis dar entrevista.

A prisão de Arcanjo e os mandados de busca e apreensão foram solicitados por promotores e procuradores federais e concedidos pelo juiz da 1ª Vara Federal em Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva. No pedido à Justiça, é informado que a diferença entre o patrimônio declarado por Arcanjo à Receita Federal, e o movimentado é de R$ 900 milhões.

Arcanjo é acusado de ser o mandante do assassinato do dono do jornal "Folha do Estado", Sávio Brandão, em 30 de setembro. O jornal chamava o comendador Arcanjo, como é conhecido, de "Al Capone de Mato Grosso".

Cem agentes participam da Operação Arca de Noé.
O advogado de Arcanjo, Henrique Vieira, disse que entrará com um pedido de habeas corpus.
 

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