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16/12/2002
-
23h17
da Folha Online
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) receberam na noite desta segunda-feira os prêmios de brasileiro do ano e brasileiro da década, respectivamente, oferecidos pela editora Três e entregues no DirecTV Music Hall, em São Paulo.
Ao serem anunciados, FHC e Lula deram as mãos e, deixando sempre clara a cordialidade existente entre os dois, sentaram-se um do lado do outro e trocaram cochichos durante a cerimônia de premiação.
Em seu discurso de agradecimento, Lula disse que não iria chorar e lembrou de quando era operário. "Eu sobrevivi fazendo apenas o necessário, que era sobreviver. Depois, me tornei adulto fazendo o que era possível e fiz o impossível para ganhar esse prêmio [de operário a presidente]. E o impossível é o que espero fazer nos quatro anos de mandato", disse.
Continuando a demonstrar cordialidade, Lula elogiou a transição de governo. "Eu e Fernando Henrique nos conhecemos desde antes de existir PSDB, de existir PT. Depois, fomos para caminhos diferentes e possivelmente temos ainda as mesmas divergências. Mas certamente essa transição será um novo marco na história do país."
Depois foi a vez de FHC receber o prêmio. Após um vídeo sobre os oito anos de seu mandado, o presidente recebeu o prêmio de personalidade da década e foi muito aplaudido pela platéia.
FHC devolveu o clima de "paz e amor" instalado por Lula ao dizer que ambos podiam pensar diferente em muitos pontos, mas agem em favor do país. "As divergências não têm muita importância quando elas são de boa-fé. Nós não somos fundamentalistas. Nós tivemos até mais divergências no passado do que hoje. E eu tenho visto tantas convergências nas últimas semanas que eu estou muito feliz", disse FHC a Lula.
Quanto à transição, FHC disse que "se hoje nós podemos assistir a esse momento de transição política, que está assumindo essa forma civilizada, é porque nós começamos lá atrás a fazer com que esse país fosse um pouco mais civilizado. Antes do PSDB, antes do PT já havia luta", afirmou.
Premiação
O prêmio de personalidade do ano foi dividido em várias categorias. Também receberam a homenagem o governador eleito de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB) e o deputado José Dirceu, futuro ministro da Casa Civil, na categoria política.
O jogador Ronaldinho, a apresentadora Marília Gabriela o cantor e compositor Gilberto Gil e o jornalista William Bonner também foram homenageados.
Estiveram presentes ainda à cerimônia a prefeita da São Paulo, Marta Suplicy (PT), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e o senador José Serra (PSDB).
Veja também o especial Governo Lula
Em clima de "paz e amor", Lula e FHC recebem prêmio em SP
CARLOS FERREIRAda Folha Online
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) receberam na noite desta segunda-feira os prêmios de brasileiro do ano e brasileiro da década, respectivamente, oferecidos pela editora Três e entregues no DirecTV Music Hall, em São Paulo.
Ao serem anunciados, FHC e Lula deram as mãos e, deixando sempre clara a cordialidade existente entre os dois, sentaram-se um do lado do outro e trocaram cochichos durante a cerimônia de premiação.
Em seu discurso de agradecimento, Lula disse que não iria chorar e lembrou de quando era operário. "Eu sobrevivi fazendo apenas o necessário, que era sobreviver. Depois, me tornei adulto fazendo o que era possível e fiz o impossível para ganhar esse prêmio [de operário a presidente]. E o impossível é o que espero fazer nos quatro anos de mandato", disse.
Continuando a demonstrar cordialidade, Lula elogiou a transição de governo. "Eu e Fernando Henrique nos conhecemos desde antes de existir PSDB, de existir PT. Depois, fomos para caminhos diferentes e possivelmente temos ainda as mesmas divergências. Mas certamente essa transição será um novo marco na história do país."
Depois foi a vez de FHC receber o prêmio. Após um vídeo sobre os oito anos de seu mandado, o presidente recebeu o prêmio de personalidade da década e foi muito aplaudido pela platéia.
FHC devolveu o clima de "paz e amor" instalado por Lula ao dizer que ambos podiam pensar diferente em muitos pontos, mas agem em favor do país. "As divergências não têm muita importância quando elas são de boa-fé. Nós não somos fundamentalistas. Nós tivemos até mais divergências no passado do que hoje. E eu tenho visto tantas convergências nas últimas semanas que eu estou muito feliz", disse FHC a Lula.
Quanto à transição, FHC disse que "se hoje nós podemos assistir a esse momento de transição política, que está assumindo essa forma civilizada, é porque nós começamos lá atrás a fazer com que esse país fosse um pouco mais civilizado. Antes do PSDB, antes do PT já havia luta", afirmou.
Premiação
O prêmio de personalidade do ano foi dividido em várias categorias. Também receberam a homenagem o governador eleito de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB) e o deputado José Dirceu, futuro ministro da Casa Civil, na categoria política.
O jogador Ronaldinho, a apresentadora Marília Gabriela o cantor e compositor Gilberto Gil e o jornalista William Bonner também foram homenageados.
Estiveram presentes ainda à cerimônia a prefeita da São Paulo, Marta Suplicy (PT), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e o senador José Serra (PSDB).
Veja também o especial Governo Lula
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