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18/12/2002
-
20h08
Por 39 votos a favor, 12 contra e uma abstenção, o nome de Henrique Meirelles, ex-presidente do BankBoston, foi aprovado no Senado para presidir o Banco Central no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
O placar da aprovação de Meirelles demonstra o clima de não-agressão que marca a transição de governo.
Em sabatina ontem em Comissão do Senado, Meirelles aproveitou para reforçar compromissos assumidos e reafirmados inúmeras vezes pelo presidente eleito e pelo ministro da Fazenda indicado, Antonio Palocci.
Controle ''implacável'' da inflação, manutenção do poder de compra da moeda e honra aos contratos assumidos pelo governo. ''Minhas ações à frente do BC serão técnicas, não haverá surpresas e medidas de pretensa criatividade para controlar a inflação'', disse.
Para permitir a redução dos juros, sinalizou pela ampliação da meta de superávit primário, atualmente definida em 3,75% do PIB (Produto Interno Bruto). ''Convém haver um aumento da meta'', afirmou. ''Mas o superávit não deve chegar a 5%, 6% ou 7%. Isso não é factível'', completou.
Mandatos
Além dos compromissos sempre preteridos pelo mercado, Meirelles anunciou o interesse do presidente Lula e do ministro Palocci de definir mandatos fixos para o presidente e para os diretores do Banco Central. A proposta é um dos principais pontos para a autonomia operacional da instituição.
A partir da medida, os procedimentos do BC teriam menor influência política e estariam imunes à alternância do comando do país. A idéia ainda não foi claramente apresentada, mas tem a simpatia do atual presidente do BC, Armínio Fraga. Caso seja apresentada pelo próximo governo, a matéria deverá ser aprovada pelo Congresso Nacional.
Veja também o especial Governo Lula
Senado aprova Meirelles para o Banco Central por 39 votos contra 12
da Folha OnlinePor 39 votos a favor, 12 contra e uma abstenção, o nome de Henrique Meirelles, ex-presidente do BankBoston, foi aprovado no Senado para presidir o Banco Central no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
O placar da aprovação de Meirelles demonstra o clima de não-agressão que marca a transição de governo.
Em sabatina ontem em Comissão do Senado, Meirelles aproveitou para reforçar compromissos assumidos e reafirmados inúmeras vezes pelo presidente eleito e pelo ministro da Fazenda indicado, Antonio Palocci.
Controle ''implacável'' da inflação, manutenção do poder de compra da moeda e honra aos contratos assumidos pelo governo. ''Minhas ações à frente do BC serão técnicas, não haverá surpresas e medidas de pretensa criatividade para controlar a inflação'', disse.
Para permitir a redução dos juros, sinalizou pela ampliação da meta de superávit primário, atualmente definida em 3,75% do PIB (Produto Interno Bruto). ''Convém haver um aumento da meta'', afirmou. ''Mas o superávit não deve chegar a 5%, 6% ou 7%. Isso não é factível'', completou.
Mandatos
Além dos compromissos sempre preteridos pelo mercado, Meirelles anunciou o interesse do presidente Lula e do ministro Palocci de definir mandatos fixos para o presidente e para os diretores do Banco Central. A proposta é um dos principais pontos para a autonomia operacional da instituição.
A partir da medida, os procedimentos do BC teriam menor influência política e estariam imunes à alternância do comando do país. A idéia ainda não foi claramente apresentada, mas tem a simpatia do atual presidente do BC, Armínio Fraga. Caso seja apresentada pelo próximo governo, a matéria deverá ser aprovada pelo Congresso Nacional.
Veja também o especial Governo Lula
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