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20/12/2002
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15h26
O indicado para chefiar a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, deputado federal Nilmário Miranda (PT-MG), nasceu em Belo Horizonte em 11 de agosto de 1947, filho de Oldack Caetano de Miranda e Nelly Dapieve de Miranda.
Miranda foi criado em Teófilo Otoni, na região nordeste de Minas Gerais, onde sua família era dona de um restaurante popular.
Nas décadas de 60 e 70, o deputado participou primeiro do movimento pelas reformas de base em Teófilo Otoni e, depois, do movimento estudantil em Belo Horizonte. Militante de um dos grupos políticos proscritos nos anos de chumbo, a Polop (Política Operária), foi preso por três anos e meio e teve seus direitos políticos cassados por cinco anos. Na cadeia, aproveitou o aprendizado no restaurante da família e dedicou-se à culinária, hoje transformada em um hobby.
Ao ser libertado, no final dos anos 70, voltou à militância, passando a desempenhar um papel de liderança na construção do movimento popular e sindical na região industrial da Grande Belo Horizonte.
Miranda foi um dos criadores e dirigentes do Jornal dos Bairros, um instrumento de mobilização de comunidades pobres em torno de direitos como o acesso à moradia, ao saneamento e outros serviços públicos. Nessa ocasião, ajudou a criar o embrião de um movimento nacional de desenvolvimento urbano.
Em 1979, forma-se em jornalismo na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Em 1980, faz pós-graduação em Ciência Política na Universidade Federal de Minas Gerais e, em 1982, conclui, no Ciespal, do Equador, o curso de especialização em Comunicação Popular.
Miranda foi um dos fundadores do PT em Minas Gerais, exercendo a função de chefe de gabinete do partido Assembléia Legislativa de Minas Gerais entre 1983 e 1985. Chegou a se tornar secretário-geral do partido.
Em 1986, Miranda é eleito para seu primeiro mandato, de deputado estadual constituinte. Na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, torna-se líder da bancada do PT em 1989.
Em 1990, Nilmário Miranda é eleito pela primeira vez deputado federal, sendo reeleito em 1994 e 1998, atuando com ênfase na defesa dos direitos humanos, como quando exerceu a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, até fevereiro deste ano.
Por meio da criação do Fórum Legislativo Nacional de Direitos Humanos, Miranda estimulou a criação de novas comissões sobre direitos humanos nos Estados e municípios. Quando foi instalada a Comissão de Direitos Humanos da Câmara, em 1995, havia apenas três Assembléias Legislativas com comissões semelhantes.
No 20º aniversário da Lei da Anistia Política, comemorado em agosto deste ano, o deputado lançou o livro "Dos filhos deste solo", que relata a história de cada um dos mortos e desaparecidos políticos que emergiram dos trabalhos da Comissão Especial do Ministério da Justiça, da qual ele participou representando a Câmara.
Nas últimas eleições, Miranda candidatou-se ao governo de Minas Gerais, perdendo a vaga para o também deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG).
Deputado federal petista vai chefiar Secretaria dos Direitos Humanos
da Folha OnlineO indicado para chefiar a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, deputado federal Nilmário Miranda (PT-MG), nasceu em Belo Horizonte em 11 de agosto de 1947, filho de Oldack Caetano de Miranda e Nelly Dapieve de Miranda.
Miranda foi criado em Teófilo Otoni, na região nordeste de Minas Gerais, onde sua família era dona de um restaurante popular.
Nas décadas de 60 e 70, o deputado participou primeiro do movimento pelas reformas de base em Teófilo Otoni e, depois, do movimento estudantil em Belo Horizonte. Militante de um dos grupos políticos proscritos nos anos de chumbo, a Polop (Política Operária), foi preso por três anos e meio e teve seus direitos políticos cassados por cinco anos. Na cadeia, aproveitou o aprendizado no restaurante da família e dedicou-se à culinária, hoje transformada em um hobby.
Ao ser libertado, no final dos anos 70, voltou à militância, passando a desempenhar um papel de liderança na construção do movimento popular e sindical na região industrial da Grande Belo Horizonte.
Miranda foi um dos criadores e dirigentes do Jornal dos Bairros, um instrumento de mobilização de comunidades pobres em torno de direitos como o acesso à moradia, ao saneamento e outros serviços públicos. Nessa ocasião, ajudou a criar o embrião de um movimento nacional de desenvolvimento urbano.
Em 1979, forma-se em jornalismo na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Em 1980, faz pós-graduação em Ciência Política na Universidade Federal de Minas Gerais e, em 1982, conclui, no Ciespal, do Equador, o curso de especialização em Comunicação Popular.
Miranda foi um dos fundadores do PT em Minas Gerais, exercendo a função de chefe de gabinete do partido Assembléia Legislativa de Minas Gerais entre 1983 e 1985. Chegou a se tornar secretário-geral do partido.
Em 1986, Miranda é eleito para seu primeiro mandato, de deputado estadual constituinte. Na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, torna-se líder da bancada do PT em 1989.
Em 1990, Nilmário Miranda é eleito pela primeira vez deputado federal, sendo reeleito em 1994 e 1998, atuando com ênfase na defesa dos direitos humanos, como quando exerceu a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, até fevereiro deste ano.
Por meio da criação do Fórum Legislativo Nacional de Direitos Humanos, Miranda estimulou a criação de novas comissões sobre direitos humanos nos Estados e municípios. Quando foi instalada a Comissão de Direitos Humanos da Câmara, em 1995, havia apenas três Assembléias Legislativas com comissões semelhantes.
No 20º aniversário da Lei da Anistia Política, comemorado em agosto deste ano, o deputado lançou o livro "Dos filhos deste solo", que relata a história de cada um dos mortos e desaparecidos políticos que emergiram dos trabalhos da Comissão Especial do Ministério da Justiça, da qual ele participou representando a Câmara.
Nas últimas eleições, Miranda candidatou-se ao governo de Minas Gerais, perdendo a vaga para o também deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG).
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