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24/12/2002 - 10h00

Alckmin transfere Febem para a Educação

JULIA DUAILIBI
FÁBIO VICTOR

da Folha de S.Paulo

O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou ontem que a Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor) passará a ser subordinada à Secretaria da Educação.

A informação foi dada pelo governador durante a divulgação dos nomes de quatro dos secretários que manterá no cargo no próximo mandato. São eles: Saulo de Castro Abreu Filho (Segurança), Gabriel Chalita (Educação), Nagashi Furukawa (Administração Penitenciária) e Mauro Arce (Recursos Hídricos e Energia).

Após ter feito parte da Secretaria de Assistência Social, a Febem está atualmente ligada à Secretaria da Juventude. Com a passagem para a Educação, a entidade estará novamente sob o controle do secretário Gabriel Chalita, que ocupou a pasta da Juventude durante o ano de 2001.

Chalita é um dos nomes que se tornam mais fortes no próximo governo Alckmin. Além de ser da confiança do governador, ele é elogiado pela condução do polêmico sistema de progressão continuada, no qual a repetência por falta de aprendizado só ocorre nas 4ª e 8ª séries, mas o excesso de faltas reprova em qualquer ano.

O objetivo da transferência da Febem para outra pasta, segundo Alckmin, é dar ênfase na "reeducação" dos jovens infratores.

O governador negou que a ida da entidade para a Educação esteja vinculada a notícias de maus-tratos dos jovens. No início do mês, relatório da OAB e de ONGs apontou a existência de tortura na Febem de Franco da Rocha. O governo demitiu três diretores e seis funcionários da unidade.

"Essa é uma medida de governo. Parece-nos mais adequado dentro do nosso objetivo de reeducação", afirmou o governador. De acordo com Alckmin, a reincidência de atos de infração caiu de 30% para menos de 10% desde que o Estado começou a dar ênfase a uma "agenda educativa".

Na próxima quinta-feira, o governador pretende divulgar os outros 16 secretários. Devem fazer parte da lista outros nomes que foram ligados ao governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Dos três novos secretários que já haviam sido anunciados pelo governador na semana passada, dois foram ligados a FHC. Andrea Calabi, que presidiu o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), assumirá a pasta de Economia e Planejamento, e o deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP), que irá para a Casa Civil, foi líder do governo na Câmara. João Carlos Meirelles, que foi coordenador da campanha de Alckmin, ocupará a Secretaria de Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento e Turismo.

Definições

Um dos tucanos cotados para disputar a Presidência em 2006, Alckmin pretende dar peso de ministério para o secretariado. No governo do Estado, serão alocados tucanos que, com a vitória do petista Luiz Inácio Lula da Silva, estarão sem cargos em Brasília.

É dada praticamente como certa a ida do atual ministro da Saúde, Barjas Negri, para o governo paulista. Além de Calabi, Negri pode ser o segundo nome ligado ao tucano José Serra que fará parte do secretariado. Economista, Negri pode ficar com uma pasta ligada a questões econômicas, como a do Trabalho.

O governador afirmou que nem todas as secretarias sofrerão alterações. Das pastas estrategicamente importantes que deverão ter novos titulares, há indefinições na Saúde, na Fazenda e na Habitação. As incertezas estão relacionadas tanto ao nome dos indicados quanto às mudanças nas estruturas dessas secretarias.

A pasta de Desenvolvimento Social é uma das que estão quase definidas. A principal cotada para a secretaria é a deputada estadual reeleita Célia Leão (PSDB).

Alckmin negou que a demora na indicação tenha a ver com a dificuldade em encontrar nomes que se encaixem nos cargos.
 

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