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09/01/2003
-
17h03
CAMILO TOSCANO
da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai criar uma Secretaria de Economia Solidária, a ser chefiada pelo economista Paul Singer, ligado ao PT desde sua fundação.
O governo federal ainda estuda a estrutura e o funcionamento do órgão, que será subordinado ao Ministério do Trabalho e terá como objetivo elaborar políticas de economia solidária que possam integrar programas de diversos ministérios, atuando menos de forma executiva. O anúncio da secretaria deve ficar para a próxima semana.
Um dos intelectuais que atuam como "conselheiros" do presidente, ajudando na elaboração de políticas, Paul Singer evitou falar do assunto, mas sinalizou que está praticamente tudo acertado.
"Prefiro não declarar nada neste momento. Provavelmente haverá novidades na semana que vem", afirmou. "Creio que o mais indicado a falar do assunto seja o ministro do Trabalho [Jaques Wagner]."
Contatada pela reportagem da Folha Online, a assessoria do ministro do Trabalho informou que Jacques Wagner prefere se pronunciar sobre o assunto apenas após a criação da secretaria.
A Folha Online apurou que um grupo que trabalha com experiências de economia solidária sugeriu a Lula que fosse criado um departamento no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para cuidar dessas políticas ou uma secretaria, ambos com Paul Singer como titular. Lula acabou optando pela secretaria, ligada ao Ministério do Trabalho, para passar a imagem de geração de trabalho com a iniciativa.
O grupo de trabalho é formado em sua maioria por ONGs (Organizações Não-Governamentais), como a Caritas Brasileira (ligada à igreja Católica), a Anteag (Associação Nacional dos Trabalhadores de Auto-Gestão), o Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas), a ADS (Agência de Desenvolvimento Solidário), ligada a CUT, a Pacs (Políticas Alternativas para o Conesul), entre outras.
Segundo Ademar Bertucci, que participa do grupo pela Caritas Brasileira, a idéia do grupo é realizar neste ano um fórum nacional para debater o assunto.
Bertucci antecipou que será realizado uma oficina no Fórum Social Mundial, que acontece de 23 a 28 de janeiro em Porto Alegre, para "discutir mudanças de relações econômicas na sociedade, com ênfase no trabalho coletivizado", a partir de experiências já realizadas no país -especialmente no governo no Rio Grande do Sul de Olívio Dutra (PT), hoje ministro das Cidades de Lula.
O termo economia solidária é utilizado para caracterizar iniciativas populares, apoiadas pelo Estado, que priorizem no processo produtivo o trabalhador, a distribuição de renda e valores sociais, a partir do estímulo a ações de solidariedade dentro de uma comunidade e entre comunidades.
Veja também o especial Governo Lula
Lula criará Secretaria de Economia Solidária com Paul Singer no cargo
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da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai criar uma Secretaria de Economia Solidária, a ser chefiada pelo economista Paul Singer, ligado ao PT desde sua fundação.
O governo federal ainda estuda a estrutura e o funcionamento do órgão, que será subordinado ao Ministério do Trabalho e terá como objetivo elaborar políticas de economia solidária que possam integrar programas de diversos ministérios, atuando menos de forma executiva. O anúncio da secretaria deve ficar para a próxima semana.
Um dos intelectuais que atuam como "conselheiros" do presidente, ajudando na elaboração de políticas, Paul Singer evitou falar do assunto, mas sinalizou que está praticamente tudo acertado.
"Prefiro não declarar nada neste momento. Provavelmente haverá novidades na semana que vem", afirmou. "Creio que o mais indicado a falar do assunto seja o ministro do Trabalho [Jaques Wagner]."
Contatada pela reportagem da Folha Online, a assessoria do ministro do Trabalho informou que Jacques Wagner prefere se pronunciar sobre o assunto apenas após a criação da secretaria.
A Folha Online apurou que um grupo que trabalha com experiências de economia solidária sugeriu a Lula que fosse criado um departamento no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para cuidar dessas políticas ou uma secretaria, ambos com Paul Singer como titular. Lula acabou optando pela secretaria, ligada ao Ministério do Trabalho, para passar a imagem de geração de trabalho com a iniciativa.
O grupo de trabalho é formado em sua maioria por ONGs (Organizações Não-Governamentais), como a Caritas Brasileira (ligada à igreja Católica), a Anteag (Associação Nacional dos Trabalhadores de Auto-Gestão), o Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas), a ADS (Agência de Desenvolvimento Solidário), ligada a CUT, a Pacs (Políticas Alternativas para o Conesul), entre outras.
Segundo Ademar Bertucci, que participa do grupo pela Caritas Brasileira, a idéia do grupo é realizar neste ano um fórum nacional para debater o assunto.
Bertucci antecipou que será realizado uma oficina no Fórum Social Mundial, que acontece de 23 a 28 de janeiro em Porto Alegre, para "discutir mudanças de relações econômicas na sociedade, com ênfase no trabalho coletivizado", a partir de experiências já realizadas no país -especialmente no governo no Rio Grande do Sul de Olívio Dutra (PT), hoje ministro das Cidades de Lula.
O termo economia solidária é utilizado para caracterizar iniciativas populares, apoiadas pelo Estado, que priorizem no processo produtivo o trabalhador, a distribuição de renda e valores sociais, a partir do estímulo a ações de solidariedade dentro de uma comunidade e entre comunidades.
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