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15/01/2003
-
11h03
A Polícia Federal realizou 400 horas de escuta telefônica de conversas de Pinheiro Landim (CE), que renunciou hoje ao mandato de deputado federal para evitar a abertura de um processo de cassação.
Algumas das conversas trazem palavras de baixo calão e tratam de pedidos de habeas corpus para traficantes. Leia abaixo trechos dessas gravações, que constam de relatório sobre o caso:
Gravação do dia 10 de janeiro de 2002 (página 53 do relatório da PF):
Leonardo Dias Mendonça, acusado de liderar quadrilha de cocaína:
"Liga pra essa desgraça desse cabeça chata [Landim], que esse filho da puta só serve pra botar no bolso...".
15 de janeiro (página 57 do relatório):
Igor Santos da Silveira, filho do desembargador Eustáquio da Silveira, do TRF (Tribunal Regional Federal):
"Aí fica chato".
Pinheiro Landim: "Não é só chato. Tem que devolver [o dinheiro]".
16 de janeiro (página 59):
Mendonça, ao saber que Landim havia deixado Brasília:
"Ele deveria cuidar primeiro da coisa que deu lucro pra ele...".
25 de janeiro (página 68):
Landim:
"...Ele [Leonardo] sai espalhando pra tudo quanto é filho da puta aí pra não cumprir, eu ficar..., gastando a fortuna que eu gastei, não dá".
19 de março (páginas 77 e 79):
Mendonça, em conversa com sócio Wilson Moreira Torres:
"Eu fui pra ver um outro negócio, porque o cara me falou que o véio [Landim] tava puto...Conversamos..., um monte de trem bão... Animei com o garimpo... Ele [Landim] falou o seguinte pra mim: manda ele seguir a vida dele e cassar (sic) um jeito de arrumar papel pra campanha".
19 de março (página 145):
Mendonça, para outro comparsa:
"Falamos tudo... O que tinha pago, o que num tinha pago".
7 de abril (página 81):
Silvio Rodrigues da Silva, funcionário de Landim, fala com integrante de quadrilha de Leonardo:
"O do Pinheiro é... R$ 120 mil na terça e R$ 120 mil na quinta... vou trazer o dinheiro pro deputado, né?".
10 de abril (página 84):
Silva, em conversa com Leonardo:
"Me pegaram no banco... O cara falou: ó, esse dinheiro seu não tem origem... Cê fica esperto... Eles tão rastreando essa conta".
24 de abril (páginas 86 e 87):
Silva, com Landim:
"Tô aqui em Goiânia, aguardando ele [Leonardo]... A previsão é até sexta ele tá aqui com o valor, com espécie, entendeu?"
Landim:
"Eu sei... Aquele assunto do Amarildo [Oliveira Beirigo, piloto de Leonardo, que estava preso]... Querem vapt-vupt... quando resolver... tá dependendo só disso...".
9 de maio (página 88):
Silva, fala com pessoa ligada a Leonardo:
"Tô esperando ele chegar... tem que dar cento e quarenta contos hoje pra mim (sic) dar pro Pinheiro...".
10 de maio (página 117):
Silva, contando a interlocutor:
"E o dólar também. Passou tudo. Ontem eu peguei o baixinho, botei o Pinheiro dentro do carro e nós foi (sic) conversar a três...".
(páginas 132, 134 e 137):
Orlando Marques dos Santos, traficante preso em Goiânia, fala com ex-mulher sobre esquema revelado por Mendonça:
"[Descobri] um jeito pra resolver aquele negócio em Brasília... Quatrocentos mil dólar, mulher...".
Santos, para um empregado:
"Cobraram 1 milhão e cem, rapaz... Ofereci 700... É foda né, meu? É ladrão em cima de ladrão... Lá em Brasília... a máfia que tem lá, né? Até ministro no meio...".
Leia trechos de gravações de conversas de Landim feitas pela PF
da Folha OnlineA Polícia Federal realizou 400 horas de escuta telefônica de conversas de Pinheiro Landim (CE), que renunciou hoje ao mandato de deputado federal para evitar a abertura de um processo de cassação.
Algumas das conversas trazem palavras de baixo calão e tratam de pedidos de habeas corpus para traficantes. Leia abaixo trechos dessas gravações, que constam de relatório sobre o caso:
Leonardo Dias Mendonça, acusado de liderar quadrilha de cocaína:
"Liga pra essa desgraça desse cabeça chata [Landim], que esse filho da puta só serve pra botar no bolso...".
Igor Santos da Silveira, filho do desembargador Eustáquio da Silveira, do TRF (Tribunal Regional Federal):
"Aí fica chato".
Pinheiro Landim: "Não é só chato. Tem que devolver [o dinheiro]".
Mendonça, ao saber que Landim havia deixado Brasília:
"Ele deveria cuidar primeiro da coisa que deu lucro pra ele...".
Landim:
"...Ele [Leonardo] sai espalhando pra tudo quanto é filho da puta aí pra não cumprir, eu ficar..., gastando a fortuna que eu gastei, não dá".
Mendonça, em conversa com sócio Wilson Moreira Torres:
"Eu fui pra ver um outro negócio, porque o cara me falou que o véio [Landim] tava puto...Conversamos..., um monte de trem bão... Animei com o garimpo... Ele [Landim] falou o seguinte pra mim: manda ele seguir a vida dele e cassar (sic) um jeito de arrumar papel pra campanha".
Mendonça, para outro comparsa:
"Falamos tudo... O que tinha pago, o que num tinha pago".
Silvio Rodrigues da Silva, funcionário de Landim, fala com integrante de quadrilha de Leonardo:
"O do Pinheiro é... R$ 120 mil na terça e R$ 120 mil na quinta... vou trazer o dinheiro pro deputado, né?".
Silva, em conversa com Leonardo:
"Me pegaram no banco... O cara falou: ó, esse dinheiro seu não tem origem... Cê fica esperto... Eles tão rastreando essa conta".
Silva, com Landim:
"Tô aqui em Goiânia, aguardando ele [Leonardo]... A previsão é até sexta ele tá aqui com o valor, com espécie, entendeu?"
Landim:
"Eu sei... Aquele assunto do Amarildo [Oliveira Beirigo, piloto de Leonardo, que estava preso]... Querem vapt-vupt... quando resolver... tá dependendo só disso...".
Silva, fala com pessoa ligada a Leonardo:
"Tô esperando ele chegar... tem que dar cento e quarenta contos hoje pra mim (sic) dar pro Pinheiro...".
Silva, contando a interlocutor:
"E o dólar também. Passou tudo. Ontem eu peguei o baixinho, botei o Pinheiro dentro do carro e nós foi (sic) conversar a três...".
Orlando Marques dos Santos, traficante preso em Goiânia, fala com ex-mulher sobre esquema revelado por Mendonça:
"[Descobri] um jeito pra resolver aquele negócio em Brasília... Quatrocentos mil dólar, mulher...".
Santos, para um empregado:
"Cobraram 1 milhão e cem, rapaz... Ofereci 700... É foda né, meu? É ladrão em cima de ladrão... Lá em Brasília... a máfia que tem lá, né? Até ministro no meio...".
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