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15/01/2003
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14h36
Coordenadores do Fórum Social Mundial (o maior encontro antiglobalização do planeta) e do Movimento dos Sem Terra (MST) pediram ao presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva que não vá ao Fórum Econômico Mundial de Davos (Suíça), em uma carta divulgada hoje.
"Lula, não vá a Davos", escreveu o filósofo e sociólogo Emir Sader, que comparecerá ao Fórum Social Mundial (FSM), na carta.
"Lula não deve comparecer a esse banquete dos responsáveis pela miséria do mundo, não deve emprestar seu prestígio a essa festa de poucos banqueiros responsáveis pelas políticas que geram fome na África, Ásia, América Latina e até aqui no Brasil. Lula não deve ficar do outro lado da barricada", afirma Sader.
Lula, que assumiu a Presidência no dia 1º de janeiro, é o convidado mais simbólico do Fórum Social Mundial, do qual participou de todas as edições desde 2001. O Partido dos Trabalhadores (PT), do presidente, é um dos promotores e patrocinadores do evento.
No entanto, Lula viajará um dia depois para o Fórum Econômico, que motivou a criação do FSM.
"Nós, que construímos o Fórum Social Mundial, o criamos por oposição a Davos. Agora é muito difícil entender -a viagem de Lula a Davos- depois dos três anos em que demonstramos o quanto Davos é prejudicial para o modelo econômico internacional", declarou o presidente da Associação de ONGs do Brasil (Abong) e coordenador do FSM, Sérgio Haddad.
"Nem Lula, nem o PT têm o que fazer em Davos. Eles têm tudo a ver com Porto Alegre", conclui a carta de Sader.
"A posição de Lula não está clara, porque ele foi eleito por aqueles que se opõem à globalização neoliberal", criticou esta semana Cândido Grzybowski, um dos principais porta-vozes e coordenadores do FSM.
Por outro lado, o ministro da Cultura, Gilberto Gil, que deve acompanhará Lula a Davos, considera "a presença do presidente nos dois fóruns extremamente significativa. Lula será o porta-voz das mensagens do Fórum Social Mundial aos participantes do Fórum Econômico de Davos".
Militantes antiglobalização e MST pedem a Lula que não vá a Davos
da France Presse, em São PauloCoordenadores do Fórum Social Mundial (o maior encontro antiglobalização do planeta) e do Movimento dos Sem Terra (MST) pediram ao presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva que não vá ao Fórum Econômico Mundial de Davos (Suíça), em uma carta divulgada hoje.
"Lula, não vá a Davos", escreveu o filósofo e sociólogo Emir Sader, que comparecerá ao Fórum Social Mundial (FSM), na carta.
"Lula não deve comparecer a esse banquete dos responsáveis pela miséria do mundo, não deve emprestar seu prestígio a essa festa de poucos banqueiros responsáveis pelas políticas que geram fome na África, Ásia, América Latina e até aqui no Brasil. Lula não deve ficar do outro lado da barricada", afirma Sader.
Lula, que assumiu a Presidência no dia 1º de janeiro, é o convidado mais simbólico do Fórum Social Mundial, do qual participou de todas as edições desde 2001. O Partido dos Trabalhadores (PT), do presidente, é um dos promotores e patrocinadores do evento.
No entanto, Lula viajará um dia depois para o Fórum Econômico, que motivou a criação do FSM.
"Nós, que construímos o Fórum Social Mundial, o criamos por oposição a Davos. Agora é muito difícil entender -a viagem de Lula a Davos- depois dos três anos em que demonstramos o quanto Davos é prejudicial para o modelo econômico internacional", declarou o presidente da Associação de ONGs do Brasil (Abong) e coordenador do FSM, Sérgio Haddad.
"Nem Lula, nem o PT têm o que fazer em Davos. Eles têm tudo a ver com Porto Alegre", conclui a carta de Sader.
"A posição de Lula não está clara, porque ele foi eleito por aqueles que se opõem à globalização neoliberal", criticou esta semana Cândido Grzybowski, um dos principais porta-vozes e coordenadores do FSM.
Por outro lado, o ministro da Cultura, Gilberto Gil, que deve acompanhará Lula a Davos, considera "a presença do presidente nos dois fóruns extremamente significativa. Lula será o porta-voz das mensagens do Fórum Social Mundial aos participantes do Fórum Econômico de Davos".
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