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16/01/2003 - 07h18

CUT diz que não aceita "diferenciação" no sistema previdenciário

da Folha de S.Paulo

O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), João Felício, criticou ontem a exclusão dos militares do sistema único previdenciário -que o governo pretende criar por meio da reforma da Previdência.

"Isso está errado. O sistema único previdenciário não pode excluir ninguém. Por que quem usa farda ou toga pode ter aposentadoria diferenciada da de quem usa avental? Não vamos concordar com isso", afirma.

Para Felício, "se esse pessoal [militares e juízes, por exemplo] ficar de fora, fica insustentável defender a aposentadoria universal para o restante das categorias, já que são eles que têm a aposentadoria mais avantajada".

O presidente da CUT levará ao governo sugestões para a reforma na Previdência. A central defende a aposentadoria única para todos -um teto de 20 salários mínimos (em torno de R$ 4.000). E vai sugerir também que a Previdência seja administrada não só pelo governo, mas também por empresários, trabalhadores e aposentados. "Esse dinheiro é nosso, o Estado só administra."

Na análise da direção da CUT, quem quiser ter uma aposentadoria maior poderá participar de um fundo de pensão público, no caso dos funcionários públicos. "Um juiz que quer ter uma aposentadoria de R$ 15 mil por mês tem que pagar uma parte. No fundo de pensão das empresas é assim."

A CUT sugere ainda que o governo mantenha a aposentadoria por tempo de tempo de contribuição -35 anos para os homens e 30 anos para as mulheres- e não por idade. "Se for por idade, o filho do rico vai trabalhar menos do que o filho do pobre, que começa a trabalhar mais cedo. Isso é injusto."

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