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18/01/2003
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06h06
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem aos líderes aliados que não enfrenta dificuldade para formar sua base parlamentar e que já tem apoio para aprovar as reformas constitucionais, projetos que dependem de maior quórum (três quintos dos 518 deputados federais e dos 81 senadores, em dois turnos de votação em cada Casa).
Lula disse que o PPB entrará oficialmente na base de apoio e que negociações com PFL, PMDB e PSDB lhe darão margem de segurança suficiente para os projetos mais difíceis. Segundo os presentes, ele não falou em cargos para os aliados, apesar de essa ser uma das principais moedas de troca para eleger João Paulo Cunha (PT-SP) presidente da Câmara e formar sua base parlamentar.
O presidente disse que sempre ouviu falar que era difícil governar, mas que ele não achava isso por entender que pode ter uma relação de "aproximação e respeito" com o Congresso. Ele não falou qual é o número de deputados federais que o apoiariam. Mas a Folha apurou que os líderes que participaram da reunião já contabilizam mais de 330 deputados.
Numa reunião de manhã, antes do encontro com Lula, líderes aliados concluíram que o governo tem garantidos 280 votos na Câmara. Nessa conta, entram as forças que já apóiam Lula mais a grande maioria do PMDB, que elegeu 74 deputados federais.
Para ultrapassar a marca de 330, o governo contabiliza uma bancada de 22 a 24 deputados federais controlados pelo senador eleito Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), mais o apoio do PPB, que elegeu 49 deputados, e até de um inusitado "G-12" do PSDB.
Dos 49 deputados do PPB, Lula conta com pelo menos 35, que deverão apoiá-lo em troca de cargos de segundo e terceiro escalão.
O "G-12" do PSDB é um grupo de 12 dos 74 deputados tucanos eleitos que estão assim classificados na lista de apoiadores do PT.
O tamanho dessa base lembra a de FHC nos momentos de maior força do ex-presidente. Mas é preciso uma margem de segurança, porque os três quintos da Câmara equivalem a 308 deputados. FHC chegou a perder votação por apenas um voto. O presidente disse aos líderes que vai ler pessoalmente a mensagem presidencial na reabertura do Congresso, em fevereiro, como forma de demonstrar a importância da instituição para o seu governo.
Apresentou o novo líder do governo na Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP). Aldo buscou na história argumentos para justificar a diversidade de apoios ao governo. Lembrou que a Independência do país foi garantida pelo filho do imperador. "O Brasil sempre obteve vitórias quando forças heterogêneas se uniram."
Veja também o especial Governo Lula
Lula diz ter votos suficientes para aprovar as reformas
da Folha de S.Paulo, em BrasíliaO presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem aos líderes aliados que não enfrenta dificuldade para formar sua base parlamentar e que já tem apoio para aprovar as reformas constitucionais, projetos que dependem de maior quórum (três quintos dos 518 deputados federais e dos 81 senadores, em dois turnos de votação em cada Casa).
Lula disse que o PPB entrará oficialmente na base de apoio e que negociações com PFL, PMDB e PSDB lhe darão margem de segurança suficiente para os projetos mais difíceis. Segundo os presentes, ele não falou em cargos para os aliados, apesar de essa ser uma das principais moedas de troca para eleger João Paulo Cunha (PT-SP) presidente da Câmara e formar sua base parlamentar.
O presidente disse que sempre ouviu falar que era difícil governar, mas que ele não achava isso por entender que pode ter uma relação de "aproximação e respeito" com o Congresso. Ele não falou qual é o número de deputados federais que o apoiariam. Mas a Folha apurou que os líderes que participaram da reunião já contabilizam mais de 330 deputados.
Numa reunião de manhã, antes do encontro com Lula, líderes aliados concluíram que o governo tem garantidos 280 votos na Câmara. Nessa conta, entram as forças que já apóiam Lula mais a grande maioria do PMDB, que elegeu 74 deputados federais.
Para ultrapassar a marca de 330, o governo contabiliza uma bancada de 22 a 24 deputados federais controlados pelo senador eleito Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), mais o apoio do PPB, que elegeu 49 deputados, e até de um inusitado "G-12" do PSDB.
Dos 49 deputados do PPB, Lula conta com pelo menos 35, que deverão apoiá-lo em troca de cargos de segundo e terceiro escalão.
O "G-12" do PSDB é um grupo de 12 dos 74 deputados tucanos eleitos que estão assim classificados na lista de apoiadores do PT.
O tamanho dessa base lembra a de FHC nos momentos de maior força do ex-presidente. Mas é preciso uma margem de segurança, porque os três quintos da Câmara equivalem a 308 deputados. FHC chegou a perder votação por apenas um voto. O presidente disse aos líderes que vai ler pessoalmente a mensagem presidencial na reabertura do Congresso, em fevereiro, como forma de demonstrar a importância da instituição para o seu governo.
Apresentou o novo líder do governo na Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP). Aldo buscou na história argumentos para justificar a diversidade de apoios ao governo. Lembrou que a Independência do país foi garantida pelo filho do imperador. "O Brasil sempre obteve vitórias quando forças heterogêneas se uniram."
Veja também o especial Governo Lula
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