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18/01/2003 - 08h18

PMDB pró-Lula quer Simon líder do partido

FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em João Pessoa

Integrantes do PMDB que apóiam o governo lançaram ontem em João Pessoa (PB) a candidatura do senador Pedro Simon (RS) para a liderança do partido no Senado. O grupo, que já considera certa a vitória da candidatura do senador José Sarney (AP) à presidência da Casa, anunciou a realização de uma convenção extraordinária em 16 de fevereiro.

O ex-governador de São Paulo Orestes Quércia assumiu o comando da equipe de seis pessoas que vai tentar viabilizar essa convenção. O mesmo grupo que esteve ontem na Paraíba voltará a se reunir no dia 30, em Brasília, para definir as estratégias.

Nomes como o do senador Maguito Vilela (GO) e do próprio Quércia circularam ontem como possíveis candidatos à sucessão do deputado federal Michel Temer (SP) no comando do partido.

A idéia dos peemedebistas, entretanto, é só tratar publicamente do assunto no início do próximo mês. Eles não querem correr o risco de sobrepor pressões e desviar as atenções para o que consideram prioritário hoje: a eleição de Sarney e de Simon.

O senador gaúcho, presente no encontro, aceitou disputar o cargo. Disse estar disposto a colaborar com o partido e, repetindo o discurso de Sarney na reunião, afirmou que o importante "é pensar na unidade do partido".

"A unidade não implica a desistência da candidatura de Renan Calheiros [AL] à presidência do Senado", disse Simon, sobre o candidato apoiado pela direção nacional do PMDB. "Unidade significa a concordância em apoiar os escolhidos pela bancada."

A Agência Folha apurou que o governo e a ala peemedebista que o apóia estudam uma "saída honrosa" para Renan: o senador poderá ser convidado a assumir a função de líder do governo.

"Discriminação"
Ao final do encontro, o senador José Maranhão (PB) leu a "Carta de João Pessoa", com as decisões tomadas pelos participantes. A necessidade de unir o partido está em três dos seis itens da carta.

No documento, entretanto, os peemedebistas repudiam a "política de discriminação" que teria sido adotada pela direção do partido contra o diretório de São Paulo e as ameaças de intervenção em outras seções estaduais, como a da Paraíba, por supostas divergências políticas.

O governador do Paraná, Roberto Requião, foi quem mais criticou a cúpula do PMDB. "Não aceitamos de forma alguma a punição de São Paulo por ter se rebelado contra uma condução equivocada da direção nacional."

Sarney aplaudiu o governador, mas preferiu adotar a diplomacia e o saudosismo em seu discurso. O ex-presidente afirmou que a reunião buscava a retomada da identidade do PMDB e, lembrando o slogan de seu governo, o "tudo pelo social", afirmou que, sob seu comando, o país iniciou a "busca das soluções dos problemas sociais".

Veja também o especial Governo Lula
 

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