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20/01/2003 - 05h25

PT debate estratégia para ter apoio do PMDB

da Folha de S.Paulo, em Brasília

A Executiva Nacional do PT tem hoje a primeira reunião do ano, em Brasília, para afinar o discurso após as primeiras semanas do governo Luiz Inácio Lula da Silva, preparar a escolha da nova direção e traçar a estratégia para buscar uma maioria sólida no Congresso, o que inclui o preenchimento dos cargos de segundo e terceiro escalões.

Um ponto vital na busca dessa maioria será a inclusão do PMDB na base do governo. "O presidente manifestou o interesse de ter o PMDB na sua base. Ele quer montar uma base sólida. Vê com bons olhos até a participação de setores do PFL e do PSDB", disse ontem o líder do PT na Câmara, Nelson Pellegrino (BA), referindo-se à reunião de Lula com os líderes dos partidos aliados, na sexta.

O presidente do partido, José Genoino (SP), vai fazer um relato sobre o preenchimento dos cargos federais. Com o segundo escalão praticamente concluído, o governo partirá agora para a escolha dos titulares das representações do governo nos Estados.

O presidente recomendou aos líderes petistas muito cuidado nas negociações com o PMDB, que indicará o candidato à Presidência do Senado. O governo quer ver José Sarney (AP) no cargo, mas não quer constranger o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), que também quer o cargo.

"Sarney é mais afinado com o Planalto, apoiou o partido no primeiro e no segundo turnos, mas o governo quer evitar sequelas dentro do PMDB. Quer ver todos os segmentos do partido representados", afirmou Pellegrino.

O governo acena com compensações a Renan. O líder petista cita como exemplos a liderança da bancada no Senado e a presidência do partido. Os cargos, na verdade, já pertencem ao PMDB, mas o grupo que enfrenta a cúpula do partido, liderado por Sarney, já lançou o senador Pedro Simon (RS) para a liderança da bancada. O apoio do governo seria decisivo para eleger Renan, representante da cúpula partidária.

Na Câmara, o PT trabalha para eleger o deputado João Paulo Cunha (SP) na condição de candidato único, com o apoio de todos os partidos. "Será o candidato da instituição", disse Pellegrino.

Uniformizar o discurso do partido é outra preocupação da direção petista. Lula deixou claro na reunião de sexta que é "hora de ouvir mais e falar menos".

O presidente se referia ao desencontro entre seus ministros na divulgação de propostas para a reforma da Previdência.

A reunião de hoje, a partir das 10h, no hotel Blue Tree Tower, também vai tratar da escolha da nova Executiva e da primeira reunião do Diretório Nacional, prevista para o final de fevereiro. (LUCIO VAZ)
 

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