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20/01/2003 - 20h39

Missão de combate ao crime no ES pede prisão preventiva de Gratz

FERNANDA KRAKOVICS
da Agência Folha

A missão especial de combate ao crime organizado no Espírito Santo pediu a prisão preventiva do presidente da Assembléia Legislativa, José Carlos Gratz (PFL), de cinco deputados estaduais reeleitos e de três empresários na sexta-feira da semana passada.

Segundo a Procuradoria da República, recursos públicos foram utilizados para comprar o votos dos deputados na eleição de Gratz para a presidência da Casa, em 2000. Teriam recebido o dinheiro 18 deputados, incluindo Gratz. No total, foram denunciadas 25 pessoas, entre parlamentares e empresários.

Rastreamento feito pela Receita Federal teria identificado 26 cheques, cada um no valor de R$ 30 mil, emitidos pelo empresário Carlos Guilherme Lima seis dias depois da votação. Lima está preso desde o final do ano passado acusado de ser o gerente financeiro do crime organizado no Estado.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, os recursos vieram de uma transferência de crédito de ICMS da Samarco Mineração para a Escelsa (Espírito Santo Centrais Elétricas).

Dos R$ 3 milhões pagos pela Escelsa, R$ 1,7 milhão teria sido depositado na conta do empresário, e R$ 99,5 mil na conta de seu filho, Marcelo Lima.

Em abril de 2001, o prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Theodorico Ferraço (PTB) entregou dossiê ao Ministério Público com supostas provas de envolvimento do então governador José Ignácio Ferreira, na época no PSDB, em esquema de cobrança de propina para a liberação de benefícios fiscais. Uma das denúncias referia-se à operação entre a Samarco e a Escelsa.

A Samarco Mineração divulgou nota em que afirma estar aguardando "tomar ciência da denúncia" para se pronunciar a respeito. Foram denunciados o diretor presidente da empresa, José Luciano Duarte Penido, e o diretor administrativo e financeiro, Walter Gonçalves Taveira.

Gratz e os deputados reeleitos Sérgio Borges (PMDB), Marcos Gazzani (PGT), José Tasso (PTC), Gilson Amaro (PPB) e Gilson Gomes (PFL) não ligaram de volta para a Agência Folha. Os pedidos de prisão preventiva serão julgados pelo TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região, no Rio de Janeiro.
 

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