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21/01/2003 - 06h36

Petistas reclamam mais espaço na tomada de decisão do governo Lula

da Folha de S.Paulo, em Brasília

Integrantes da cúpula petista reclamaram ontem, na reunião da Executiva Nacional do partido, que têm sido pouco ouvidos pelo governo no início do mandato.

Houve queixas específicas à decisão de Luiz Inácio Lula da Silva de dedicar prioridade total à reforma da Previdência e buscar um projeto de autonomia operacional do Banco Central sem que isso tenha passado pelo crivo de instâncias partidárias.

As críticas vieram principalmente das alas "da esquerda partidária", mas não se restringiram a esses setores.

A senadora Heloísa Helena (AL), da ala radical Democracia Socialista, discordou da prioridade dada à discussão da autonomia do Banco Central, que deve tomar parte da agenda do governo no primeiro semestre.

Para ela, Lula deveria centrar suas baterias na aprovação de uma reforma tributária já nos próximos meses.

No PT, há temor de que o estilo "rolo compressor" personificado pelo ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, acabe alijando o partido das políticas de governo.

Fórum
Já durante o período de transição houve críticas de deputados federais e especialistas do partido em diversas áreas ao fato de não estarem sendo consultados.

Na reunião da Executiva, também houve críticas de petistas a respeito da intenção de Lula de viajar ao Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça).

Uma delas veio do secretário de Formação Política do PT, Joaquim Soriano, que reclamou do fato de o governo enviar uma "enorme" delegação ao evento.

Devem acompanhar o presidente 12 pessoas, entre ministros e assessores.
"O presidente é muito querido em Porto Alegre. Ponderei que deveria ser levado em conta o fato de o Fórum Social ter surgido justamente como contrapeso ao Fórum Econômico", afirmou Joaquim Soriano.

Combate ao Racismo
O ministro-chefe da Secretaria Geral, Luiz Dulci, anunciou à Executiva que será criada mais uma secretaria especial, dedicada ao combate ao racismo.

A criação da secretaria era já um compromisso de campanha de Lula, mas acabou não sendo efetivada na primeira bateria de nomeações do governo.

O formato ainda não foi definido, mas a instância deverá ter status de primeiro escalão, subordinada diretamente ao presidente, nos moldes da Secretaria de Políticas para a Mulher.

Não foi anunciado um nome para o órgão, mas o favorito é Martus Chagas, atual responsável no partido pela área.

Veja também o especial Governo Lula
 

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