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21/01/2003 - 08h59

Palocci ficará mais em Davos que no RS

FERNANDO RODRIGUES
da Folha de S.Paulo, em Brasília

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, vai participar do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, onde cumprirá extensa agenda de reuniões já marcadas com empresários, banqueiros, autoridades de outros países e com Anne Krueger, vice-diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional).

"Não há prurido ideológico nenhum" na ida de Palocci a Davos, disse ontem seu secretário de Assuntos Internacionais, Otaviano Canuto, 47. Economista sergipano com carreira na Unicamp e na USP, ele é um dos novos integrantes do Ministério da Fazenda.

Embora não seja tecnicamente possível antecipar a revisão do acordo que o Brasil mantém com o FMI, esse tema será tratado na conversa que Palocci terá com Anne Krueger. A reavaliação das metas macroeconômicas prometidas pelo país ao Fundo está prevista para o mês que vem.

Palocci também vai a Porto Alegre, onde se realiza ao mesmo tempo o Fórum Social Mundial, um contraponto à reunião de Davos. Mas a participação do ministro da Fazenda em Porto Alegre será ínfima se comparada a sua agenda na Suíça.

Na quinta, Palocci embarca para Porto Alegre, onde terá um almoço na sede Federasul (Federação dos Empresários Gaúchos). Para assistir ao ministro discursando no encontro, cada empresário pagará R$ 50 ao PT gaúcho, que está organizando a reunião.

Logo depois do almoço, Palocci embarcará para São Paulo. Em seguida, para Davos, aonde chegará no final da tarde de sexta-feira.

No sábado, um dia antes da chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro participará de um café da manhã promovido pela Goldman Sachs, uma das principais corretoras e bancos de investimento do planeta. Economistas renomados como Paul Krugman, Lara Tyson e Stanley Fischer estarão presentes.

O almoço de sábado de Palocci será com o ministro das Finanças da França, Francis Mer. O encontro com Anne Krueger está marcado para as 18h desse dia.

No domingo, a assessoria de Palocci não divulgou sua agenda, exceto que ele estará presente às 16h30 no local onde o presidente Lula fará seu discurso. Vários banqueiros e empresários solicitaram encontros com o ministro.

Otaviano Canuto afirma que a ida do ministro da Fazenda a Davos será "uma oportunidade para ouvir" e também para "tornar mais fidedigna a percepção do risco Brasil no exterior".

Para Canuto, "esclarecendo, anunciando os compromissos e tirando dúvidas eventuais", será possível "solidificar" a melhora já registrada no índice que mede o risco de investimentos no Brasil.

Além de Palocci, os ministros que acompanharão Lula a Davos são Celso Amorim (Relações Exteriores), Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento), Jaques Wagner (Trabalho), Gilberto Gil (Cultura) e Humberto Costa (Saúde).

A comitiva, sem Gil e Costa, segue para Alemanha e França, onde Lula se reúne com Gerard Schröder e Jacques Chirac.

Veja também o especial Governo Lula
 

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