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22/01/2003
-
06h47
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Com o objetivo de evitar "ruídos" públicos entre ministros, o governo federal reuniu ontem todos os assessores de imprensa do alto escalão para iniciar a estratégia de "alinhamento" de informações oficiais, que passarão a ser coordenadas pelo Planalto.
Na reunião, comandada pelos secretários Luiz Gushiken (Comunicação de Governo e Gestão Estratégica) e Ricardo Kotscho (Imprensa e Divulgação), também foram divulgados os dez princípios para nortear as relações do governo com a imprensa.
Entre eles está a vedação de "mentir", "tergiversar", e fazer "patrulhamento ideológico".
"Muitos de vocês, como eu, passaram a carreira do outro lado do balcão, reclamando dos assessores de imprensa. Agora, temos a oportunidade de mostrar na prática que é possível fazer aquilo que cobramos dos outros", disse Ricardo Kotscho. Foi cobrada ainda dos assessores uma recomendação específica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: a unificação de linguagens e procedimentos que evite desperdício de recursos e informações conflitantes.
Nesse processo de unificação, o fio condutor será o núcleo de comunicação do Palácio do Planalto. Além de Gushiken e Kotscho, participam o porta-voz André Singer e o presidente da Radiobras, Eugenio Bucci.
"Nenhum de nós está sozinho nessa batalha", disse Kotscho.
Gushiken, amigo próximo de Lula e um dos principais estrategistas do governo, disse aos assessores que considerou normal que os ministros tivessem diferentes opiniões no mérito de algumas questões, mas que agora a prioridade é a posição de governo.
A unificação ocorrerá por meio de reuniões periódicas para estabelecer o discurso único relativo aos assuntos prioritários do governo. A próxima será sobre o Fome Zero, alvo de críticas recentes.
O encontro acabou virando um desabafo coletivo, com reclamações sobre a falta de pessoal qualificado, as dificuldades em lidar com entrevistas de autoridades recém-chegadas ao poder e o alto grau de cobrança por resultados.
Kotscho também pediu aos assessores que se antecipem aos problemas, com uma atitude menos defensiva. Para isso, disse, é necessário divulgar a questão e já apresentar as providências.
Veja também o especial Governo Lula
Governo tenta "alinhar" informações oficiais
LEILA SUWWANda Folha de S.Paulo, em Brasília
Com o objetivo de evitar "ruídos" públicos entre ministros, o governo federal reuniu ontem todos os assessores de imprensa do alto escalão para iniciar a estratégia de "alinhamento" de informações oficiais, que passarão a ser coordenadas pelo Planalto.
Na reunião, comandada pelos secretários Luiz Gushiken (Comunicação de Governo e Gestão Estratégica) e Ricardo Kotscho (Imprensa e Divulgação), também foram divulgados os dez princípios para nortear as relações do governo com a imprensa.
Entre eles está a vedação de "mentir", "tergiversar", e fazer "patrulhamento ideológico".
"Muitos de vocês, como eu, passaram a carreira do outro lado do balcão, reclamando dos assessores de imprensa. Agora, temos a oportunidade de mostrar na prática que é possível fazer aquilo que cobramos dos outros", disse Ricardo Kotscho. Foi cobrada ainda dos assessores uma recomendação específica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: a unificação de linguagens e procedimentos que evite desperdício de recursos e informações conflitantes.
Nesse processo de unificação, o fio condutor será o núcleo de comunicação do Palácio do Planalto. Além de Gushiken e Kotscho, participam o porta-voz André Singer e o presidente da Radiobras, Eugenio Bucci.
"Nenhum de nós está sozinho nessa batalha", disse Kotscho.
Gushiken, amigo próximo de Lula e um dos principais estrategistas do governo, disse aos assessores que considerou normal que os ministros tivessem diferentes opiniões no mérito de algumas questões, mas que agora a prioridade é a posição de governo.
A unificação ocorrerá por meio de reuniões periódicas para estabelecer o discurso único relativo aos assuntos prioritários do governo. A próxima será sobre o Fome Zero, alvo de críticas recentes.
O encontro acabou virando um desabafo coletivo, com reclamações sobre a falta de pessoal qualificado, as dificuldades em lidar com entrevistas de autoridades recém-chegadas ao poder e o alto grau de cobrança por resultados.
Kotscho também pediu aos assessores que se antecipem aos problemas, com uma atitude menos defensiva. Para isso, disse, é necessário divulgar a questão e já apresentar as providências.
Veja também o especial Governo Lula
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