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25/01/2003 - 06h59

Reajuste dos servidores pode ser próxima crise

da Folha de S.Paulo, em Brasília

Prevendo o reajuste da folha de pagamento do funcionalismo como causa da próxima crise que o governo terá de enfrentar, os ministros Antonio Palocci (Fazenda), Guido Mantega (Planejamento) e José Dirceu (Casa Civil) deverão se reunir nos próximos dias para rever os 4% de aumento linear (igual para todas as faixas salariais) previstos pelo Orçamento deste ano.

O reajuste costuma seguir a meta da inflação para o ano. Em 2002, ambos foram de 3,5%. O número para este ano, 4%, inicialmente também coincidia. Nesta semana, porém, a meta para a inflação saltou para 8,5%.

O problema é que, mesmo que chegue a 8,5%, o aumento salarial ficará muito abaixo do valor reivindicado. Representantes do funcionalismo pedem 89%, para compensar as perdas salariais do governo FHC -no período, excetuando-se o reajuste linear de 2002, só algumas categorias tiveram aumentos. A curto prazo, no entanto, aceitam uma "reposição salarial emergencial" de 27,5%.

"Sabemos que o Orçamento deixa uma pequena margem para manobras, mas queremos mostrar que é possível dar esse reajuste emergencial", diz Cláudio Santana, da direção executiva da Condsef (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Serviço Público Federal), sugerindo que os servidores que receberam só o reajuste linear sejam priorizados.

Santana diz que deve ser recebido por Dirceu na próxima semana para expor as reivindicações. Na campanha eleitoral, Lula disse que não seria possível recuperar as perdas salariais de oito anos em um, mas se comprometeu a iniciar logo as negociações. "Fomos a base da vitória de Lula. É justo sermos atendidos", diz Santana.

Veja também o especial Governo Lula
 

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