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27/01/2003 - 07h10

Oposição venezuelana é racista, diz cubano

da Folha de S.Paulo, em Porto Alegre

A campanha da oposição venezuelana contra o presidente Hugo Chávez tem componentes racistas, disse ontem em Porto Alegre o ministro da Cultura de Cuba, Abel Prieto, presente ao Fórum Social Mundial.

"A campanha na Venezuela contra Chávez é muito racista. Referem-se a ele como "macaco". A oligarquia branca venezuelana é quem está liderando esse movimento de oposição. A massa de pessoas que apoiam Chávez são mestiços. Os outros, clarinhos, são os "senhoritos" que vão de Mercedes-Benz para as manifestações", afirmou Prieto em entrevista à Folha.

Sem burocratas
Escritor e ex-editor, Abel Prieto, de 52 anos, diz ser contrário a toda forma de burocracia, que segundo ele é danosa em qualquer esfera do Estado, e, no caso da cultura, "fatal".

Com cabelos no estilo da dupla sertaneja Chitãozinho & Xororó e camisa desabotoada na altura do peito, o ministro se diz entusiasmado com o fato de um artista como ele, Gilberto Gil, estar à frente do Ministério da Cultura também no Brasil.

"Em Cuba nós trabalhamos para que em nenhum ministério haja burocratas. Há burocracia, mas nos cargos principais não há esse tipo de pensamento", afirmou Prieto.

O ministro da Cultura cubano compara o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao líder da independência de seu país, José Martí.

Segundo Prieto, Martí deteve o avanço norte-americano na América Latina ao fazer a independência de Cuba, e Lula pode "ajudar a equilibrar o mundo" combatendo a Alca (Área de Livre Comércio das Américas).

"A Alca é a liquidação da América Latina. É entregar-se ao império e desaparecer, quase, como nação. Havendo um país como o Brasil... Entende? Creio que a batalha que vem agora é maior que a da vitória de Lula."

Veja também o especial Fóruns Globais

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