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29/01/2003
-
06h00
da Folha de S.Paulo
O Piauí, governador pelo petista Wellington Dias, será o Estado mais beneficiado na relação dos primeiros 957 municípios em que será implantado a partir de fevereiro o programa Fome Zero.
Serão 195 os municípios piauienses atendidos pelo programa que devem ser anunciados amanhã pelo ministro José Graziano da Silva, da Segurança Alimentar e Combate à Fome.
O Maranhão, reduto da família Sarney, não aparece nessa primeira listagem.
É por enquanto o único Estado nordestino em que o programa não será implantado.
A relação dos municípios selecionados para o Fome Zero foi entregue pelo governo à Pastoral da Criança, que deverá integrar os o trabalho estimulado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para acabar a médio prazo com a fome e a subnutrição.
A coordenadora nacional da pastoral, Zilda Arns, encontrou-se na semana passada com o ministro Graziano.
Ela ofereceu ao governo os arquivos com dados das 33 mil comunidades em que atua em ações de segurança alimentar.
Feito o cruzamento entre as duas listas, a do governo e a da entidade ligada à Igreja Católica, verificou-se que em 643 dos municípios agora selecionados a pastoral já é atuante. Há neles 230 mil crianças com menos de seis anos e 12 mil gestantes.
Na lista do governo, o Estado com o segundo maior número de municípios nessa primeira etapa do Fome Zero será Minas Gerais, com 165. Paraíba, com 161 municípios, aparece em terceiro lugar. Em quarto está a Bahia, com 143 cidades incluídas no programa.
Seguem-se o Ceará e Pernambuco, ambos com com 86 municípios escolhidos, o Rio Grande do Norte, com 73, Alagoas, com 34, e Sergipe, com 14.
Por não ter revelado ainda a relação desses primeiros municípios a serem contemplados, o ministro Graziano e sua equipe também não tornaram públicos os critérios para a seleção.
Segundo o IDH-M (Índice de Desenvolvimento Humano por Município), indicador calculado com base no censo de 2000 por quatro equipes de pesquisadores, entre elas as do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e as do Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas), os Estados com conjuntos de municípios em piores condições são, pela ordem, Alagoas, Maranhão, Piauí, Paraíba, Sergipe, Acre e Bahia, seguindo-se Rio Grande do Norte e Amazonas.
Maranhão, Acre e Amazonas estão ausentes dessa primeira fase do Fome Zero.
Um outro índice, o de Exclusão Social, calculado com base em sete indicadores em cada um dos 5.507 municípios brasileiros, e que foi elaborado sob a coordenação de dois economistas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), traz uma relação de 20 municípios que apresentam condições mais precárias.
Entre eles, apenas nove aparecem nessa relação inicial do Fome Zero. Os demais não estão listados por se localizarem no Acre, Amazonas, Maranhão e Roraima, Estados ainda não cobertos pelo programa.
Há o caso curioso de Inhapi, no Estado de Alagoas, com o 19º pior índice de exclusão do país, mas ausente do programa que o governo anunciará amanhã.
Leia mais
Leia a lista dos municípios entregue à Pastoral
Piauí terá a maior lista de municípios no Fome Zero
JOÃO BATISTA NATALIda Folha de S.Paulo
O Piauí, governador pelo petista Wellington Dias, será o Estado mais beneficiado na relação dos primeiros 957 municípios em que será implantado a partir de fevereiro o programa Fome Zero.
Serão 195 os municípios piauienses atendidos pelo programa que devem ser anunciados amanhã pelo ministro José Graziano da Silva, da Segurança Alimentar e Combate à Fome.
O Maranhão, reduto da família Sarney, não aparece nessa primeira listagem.
É por enquanto o único Estado nordestino em que o programa não será implantado.
A relação dos municípios selecionados para o Fome Zero foi entregue pelo governo à Pastoral da Criança, que deverá integrar os o trabalho estimulado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para acabar a médio prazo com a fome e a subnutrição.
A coordenadora nacional da pastoral, Zilda Arns, encontrou-se na semana passada com o ministro Graziano.
Ela ofereceu ao governo os arquivos com dados das 33 mil comunidades em que atua em ações de segurança alimentar.
Feito o cruzamento entre as duas listas, a do governo e a da entidade ligada à Igreja Católica, verificou-se que em 643 dos municípios agora selecionados a pastoral já é atuante. Há neles 230 mil crianças com menos de seis anos e 12 mil gestantes.
Na lista do governo, o Estado com o segundo maior número de municípios nessa primeira etapa do Fome Zero será Minas Gerais, com 165. Paraíba, com 161 municípios, aparece em terceiro lugar. Em quarto está a Bahia, com 143 cidades incluídas no programa.
Seguem-se o Ceará e Pernambuco, ambos com com 86 municípios escolhidos, o Rio Grande do Norte, com 73, Alagoas, com 34, e Sergipe, com 14.
Por não ter revelado ainda a relação desses primeiros municípios a serem contemplados, o ministro Graziano e sua equipe também não tornaram públicos os critérios para a seleção.
Segundo o IDH-M (Índice de Desenvolvimento Humano por Município), indicador calculado com base no censo de 2000 por quatro equipes de pesquisadores, entre elas as do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e as do Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas), os Estados com conjuntos de municípios em piores condições são, pela ordem, Alagoas, Maranhão, Piauí, Paraíba, Sergipe, Acre e Bahia, seguindo-se Rio Grande do Norte e Amazonas.
Maranhão, Acre e Amazonas estão ausentes dessa primeira fase do Fome Zero.
Um outro índice, o de Exclusão Social, calculado com base em sete indicadores em cada um dos 5.507 municípios brasileiros, e que foi elaborado sob a coordenação de dois economistas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), traz uma relação de 20 municípios que apresentam condições mais precárias.
Entre eles, apenas nove aparecem nessa relação inicial do Fome Zero. Os demais não estão listados por se localizarem no Acre, Amazonas, Maranhão e Roraima, Estados ainda não cobertos pelo programa.
Há o caso curioso de Inhapi, no Estado de Alagoas, com o 19º pior índice de exclusão do país, mas ausente do programa que o governo anunciará amanhã.
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