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02/02/2003
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05h53
Mãe de três filhos, um de nove anos, outro de dez e o mais velho de 13, Gilsa Alves, 31, diz não saber o motivo que a excluiu do Fome Zero. Ela recebe o Bolsa-Escola dos três filhos, R$ 45, mas, assim como outras famílias beneficiadas pelo programa, não tem outras fontes de renda.
A família toda vai para o roçado plantar feijão e milho. "[Plantar] mandioca é muito pesado, e meu marido está doente, não pode fazer isso", disse. O marido costuma ficar em casa, enquanto ela e as crianças fazem todo o serviço.
Ela diz com uma certa timidez que não votou em Luiz Inácio Lula da Silva. "Não vou mentir, votei no outro [José Serra, do PSDB"."
Agência Folha - Por que você acha que não foi cadastrada?
Gilsa Alves - Não sei muito bem, não. Eu sei que nenhuma agente de saúde passou por aqui para cadastrar a gente. E depois, quando eu fui reclamar, disseram que eu não podia porque já tenho o Bolsa-Escola. Só que tem mais gente que também tem [o Bolsa-Escola] e vai receber [dinheiro do Fome Zero]. Não vou reclamar mais.
Agência Folha - Mas não deram nenhuma explicação para isso?
Alves - Não, não deram. Acho que é porque tem agentes de saúde de outros distritos que acabaram cadastrando gente de lá. Então não tinha mais como colocar mais ninguém. Acho que foi isso.
Agência Folha - Como é que sua família sobrevive?
Alves - Vai todo mundo para a roça, até o [filho] mais novo.
Agência Folha - E vocês vendem alguma coisa que produzem?
Alves - A gente vende o feijão, quando sobra. Tem gente que leva lá para Caracol [município a 54 quilômetros" e daí dá para comprar alguma coisa. Agora mesmo a gente reformou o telhado. Estou ainda pagando uma dívida, mas deu para fazer alguma coisa.
Agência Folha - Em quem você votou nas últimas eleições?
Alves - Não votei no Lula, não. Não vou mentir, votei naquele outro, no Serra. Mas para o governo eu votei no Wellington, porque ele veio aqui. Quando olhei um cartaz com a cara dele, vi que ele ia ser o governador.
Mãe não sabe motivo de exclusão do Fome Zero
da Agência Folha, em GuaribasMãe de três filhos, um de nove anos, outro de dez e o mais velho de 13, Gilsa Alves, 31, diz não saber o motivo que a excluiu do Fome Zero. Ela recebe o Bolsa-Escola dos três filhos, R$ 45, mas, assim como outras famílias beneficiadas pelo programa, não tem outras fontes de renda.
A família toda vai para o roçado plantar feijão e milho. "[Plantar] mandioca é muito pesado, e meu marido está doente, não pode fazer isso", disse. O marido costuma ficar em casa, enquanto ela e as crianças fazem todo o serviço.
Ela diz com uma certa timidez que não votou em Luiz Inácio Lula da Silva. "Não vou mentir, votei no outro [José Serra, do PSDB"."
Agência Folha - Por que você acha que não foi cadastrada?
Gilsa Alves - Não sei muito bem, não. Eu sei que nenhuma agente de saúde passou por aqui para cadastrar a gente. E depois, quando eu fui reclamar, disseram que eu não podia porque já tenho o Bolsa-Escola. Só que tem mais gente que também tem [o Bolsa-Escola] e vai receber [dinheiro do Fome Zero]. Não vou reclamar mais.
Agência Folha - Mas não deram nenhuma explicação para isso?
Alves - Não, não deram. Acho que é porque tem agentes de saúde de outros distritos que acabaram cadastrando gente de lá. Então não tinha mais como colocar mais ninguém. Acho que foi isso.
Agência Folha - Como é que sua família sobrevive?
Alves - Vai todo mundo para a roça, até o [filho] mais novo.
Agência Folha - E vocês vendem alguma coisa que produzem?
Alves - A gente vende o feijão, quando sobra. Tem gente que leva lá para Caracol [município a 54 quilômetros" e daí dá para comprar alguma coisa. Agora mesmo a gente reformou o telhado. Estou ainda pagando uma dívida, mas deu para fazer alguma coisa.
Agência Folha - Em quem você votou nas últimas eleições?
Alves - Não votei no Lula, não. Não vou mentir, votei naquele outro, no Serra. Mas para o governo eu votei no Wellington, porque ele veio aqui. Quando olhei um cartaz com a cara dele, vi que ele ia ser o governador.
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