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07/02/2003 - 15h42

Presidente da Câmara quer pacto de silêncio entre petistas

CAMILO TOSCANO
da Folha Online

Para o presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), a saída para evitar um desgaste maior e eventuais cisões com os radicais do PT, é evitar qualquer declaração sobre temas polêmicos antes de um debate interno no partido. A declaração foi dada nesta sexta-feira durante coletiva em um evento organizado por uma faculdade de Osasco, base eleitoral de Cunha.

"Todos nós do PT somos radicais. Acho que esse debate já está potencializado demais. Seria melhor a gente se debruçar nas tarefas a fazer do que buscar flashes", afirmou.

Segundo o deputado, é preciso definir internamente as posições do partido em relação às políticas e fechar questão antes de qualquer declaração.

João Paulo defendeu que após esse processo haja punições aos congressistas no caso de não respeitarem a decisão do partido. Segundo ele, todas as correntes do PT estão representadas no governo.

O presidente da Câmara disse ainda que falta compreensão por parte dos críticos e que é preciso dar mais tempo ao governo para realizar as propostas defendidas na campanha para as eleições, especialmente ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci. "No caso da economia não se pode retirar os pilares senão a casa cai. Temos que dar tempo ao companheiro Palocci", disse.

No início da semana, o presidente do PT José Genoino e o ministro José Dirceu (Casa Civil) sinalizaram que poderiam punir a senadora Heloísa Helena (Alagoas) por ter se ausentado da votação que elegeu José Sarney (PMDB-AC) presidente do Senado, desrespeitando acordo entre os partidos.

A possibilidade abriu uma crise entre a cúpula e os radicais do PT, que deram declarações dizendo que não mudariam suas posições em relação à política econômica de Palocci.

O deputado federal João Batista de Oliveira, Babá (PT-PA) chegou a dizer que não confiava em Palocci nem como médico, colocando mais lenha na polêmica entre os petistas.
 

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