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09/02/2003
-
04h38
da Folha de S.Paulo
O presidente nacional do PT, José Genoino, usou a crise venezuelana, que opõe o presidente Hugo Chaves a uma ferrenha oposição interna, como argumento para que o governo não ceda aos apelos dos setores radicais do partido, que exigem mudanças na política econômica federal.
"O governo deve seguir o caminho da responsabilidade, da prudência e da ousadia. Não se pode deixar pressionar pelas veleidades voluntaristas que nada produzem, além de impotências e crises. A Venezuela está aí para nos ensinar uma dura lição", afirmou em texto disponibilizado anteontem no site oficial do PT.
A posição de Genoino diferencia-se da do governo petista, que tenta mediar um acordo entre Chaves e a oposição, mas que tem sua atuação considerada pró-chavista pelos oposicionistas venezuelanos.
O argumento se assemelha com recurso também usado pelos radicais. Eles citam, no caso, o governo de Fernando De La Rúa, na Argentina, que teria fracassado ao manter o mesmo "receituário neoliberal" adotado por Carlos Menen, apesar de ter sido eleito com discurso de esquerda.
Política econômica
Além do "argumento Venezuela", o texto de Genoino busca ainda isolar as reações internas do PT à política econômica a apenas "alguns parlamentares" que estariam criticando a política econômica e cometendo atos de indisciplina.
"Uma pessoa ao ingressar no partido deve saber que não ingressa em um aglomerado anárquico de indivíduos", afirmou.
Genoino defendeu a postura econômica do governo afirmando que causaria desconfiança interna e internacional a "quebra de contratos e de compromissos de combate à inflação, da responsabilidade fiscal, da busca de superávits fiscais e da estabilização do câmbio".
Segundo ele, as promessas de mudanças assumidas durante a campanha -à exceção do setor social, que, segundo ele, já teriam começado- são processo "muitas vezes lentos".
Genoino usa Venezuela em crítica a radicais
RANIER BRAGONda Folha de S.Paulo
O presidente nacional do PT, José Genoino, usou a crise venezuelana, que opõe o presidente Hugo Chaves a uma ferrenha oposição interna, como argumento para que o governo não ceda aos apelos dos setores radicais do partido, que exigem mudanças na política econômica federal.
"O governo deve seguir o caminho da responsabilidade, da prudência e da ousadia. Não se pode deixar pressionar pelas veleidades voluntaristas que nada produzem, além de impotências e crises. A Venezuela está aí para nos ensinar uma dura lição", afirmou em texto disponibilizado anteontem no site oficial do PT.
A posição de Genoino diferencia-se da do governo petista, que tenta mediar um acordo entre Chaves e a oposição, mas que tem sua atuação considerada pró-chavista pelos oposicionistas venezuelanos.
O argumento se assemelha com recurso também usado pelos radicais. Eles citam, no caso, o governo de Fernando De La Rúa, na Argentina, que teria fracassado ao manter o mesmo "receituário neoliberal" adotado por Carlos Menen, apesar de ter sido eleito com discurso de esquerda.
Política econômica
Além do "argumento Venezuela", o texto de Genoino busca ainda isolar as reações internas do PT à política econômica a apenas "alguns parlamentares" que estariam criticando a política econômica e cometendo atos de indisciplina.
"Uma pessoa ao ingressar no partido deve saber que não ingressa em um aglomerado anárquico de indivíduos", afirmou.
Genoino defendeu a postura econômica do governo afirmando que causaria desconfiança interna e internacional a "quebra de contratos e de compromissos de combate à inflação, da responsabilidade fiscal, da busca de superávits fiscais e da estabilização do câmbio".
Segundo ele, as promessas de mudanças assumidas durante a campanha -à exceção do setor social, que, segundo ele, já teriam começado- são processo "muitas vezes lentos".
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