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11/02/2003 - 19h28

ACM nega responsabilidade em grampo e pede apuração do caso

RICARDO MIGNONE
da Folha Online, em Brasília

O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) negou nesta tarde, mais uma vez, que seria o responsável pelo grampo telefônico descoberto nos celulares de políticos baianos.

ACM afirmou estar sendo "vítima de levianos" que querem envolvê-lo no episódio da escuta telefônica que vitimou os deputados Geddel Vieira Lima (PMDB), Nelson Pellegrino (PT) e o ex-deputado Benito Gama (PMDB), todos seus opositores no Estado. Hoje, os deputados voltaram a acusar ACM de envolvimento com o grampo.

"Quem conhece as coisas da Bahia sabe que um fato desses jamais ocorreria sem o conhecimento do senador Antonio Carlos Magalhães, tamanha a subserviência que as autoridades estaduais devotam a ele. Ele tinha conhecimento dos fatos"", disse o petista em entrevista após pedir ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que a Polícia Federal investigue o caso.

ACM rebateu, ameaçando processar quem acusá-lo e que não tiver imunidade parlamentar. "Tudo o que acontece na Bahia ou sou eu ou o Senhor do Bonfim. Do bem ou do mal", declarou.

Para o senador baiano o assunto da escuta telefônica é caso encerrado. "Querem me envolver num assunto do qual não sou parte. Se eu falar sobre isso, estarei envolvido, pelo menos aos olhos do público", disse ACM.

Apesar de procurar rebater as insinuações de envolvimento no grampo, ACM defendeu novamente a apuração do caso e a punição dos culpados. Ele lembrou que o governo baiano apóia a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) pela Assembléia Legislativa para investigar o assunto.

O senador reconheceu ter tomado conhecimento do teor das conversas de Geddel Vieira Lima em julho ou agosto do ano passado.

Questionado se seria sua a letra em papéis que transcreviam as conversas do então líder do PMDB, ACM afirmou: "Isso não quer dizer nada. Sempre faço anotações em documentos ou livros que leio. Não quer dizer que o documento seja meu; na Bahia foram distribuídos mais de cem e eu recebi uma cópia."
 

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