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17/02/2003 - 16h53

Lula valoriza o Congresso e pede aprovação de reformas

da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu hoje ao Congresso Nacional a aprovação das reformas emergenciais para dar sustentabilidade à economia brasileira. Lula disse que a aprovação de reformas como a previdenciária, tributária e política são fundamentais para diminuir as diferenças sociais do país. Lula é o primeiro presidente eleito pelo voto popular, desde Getúlio Vargas, a participar da abertura do ano parlamentar.

Como havia sinalizado na semana passada, Lula relativizou a importância do Conselho de Desenvolvimento Econômico e procurou valorizar o trabalho do Congresso Nacional na condução das reformas.

Congresso x Conselho Econômico Social

"Tenho certeza de que o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, que instalamos na semana passada, terá importante papel a cumprir nesse processo. Esse Conselho, faço questão de reafirmar aqui, é um órgão de assessoramento do Presidente da República, a exemplo do que ocorre em várias das maiores democracias do mundo. Ele vai nos ajudar a construir uma agenda de discussões das reformas e de um novo pacto social no Brasil. Mas não vai, em hipótese alguma, substituir nem tampouco relativizar o poder do Congresso Nacional.

Importância do Congresso

"Todos os que sofreram na carne as consequências do regime autoritário sabem o papel insubstituível do Congresso para a democracia e a justiça social.

O Congresso, disse Lula, é a casa do debate e da construção negociada das soluções para os avanços do país rumo à prosperidade e à justiça social.

"O mais nobre sentimento que tenho é o de que, quando há uma pedra no caminho, é preciso sempre olhar para o futuro e crer no ser humano. A vida só vale a pena se a relação entre os seres humanos for baseada na verdade."

Reformas

"Temos de garantir um sistema justo e sustentável, que garanta pagamento das atuais e futuras aposentadorias", disse ele referindo-se à reforma da Previdência.

Segundo Lula, "se o custeio não for devidamente equacionado, muito em breve não haverá dinheiro para pagar pensões, benefícios e aposentadorias". "Isso não acontecerá no meu governo. Mas o jovem sofrerá amanhã as consequências."

Crise econômica

O presidente disse aos parlamentares que está enfrentado um período difícil desde que assumiu o governo, em 1º de janeiro. E alertou que a situação poderá ficar ainda pior daqui para a frente.

"Teremos tempos difíceis pela frente. O anúncio de uma nova guerra já está trazendo consequências desastrosas para a economia."

Ele atribuiu à iminência da guerra problemas como a instabilidade da economia, alta do dólar e do combustível.

Cortes no Orçamento

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) justificou hoje as medidas anunciadas pela sua equipe econômica, como a elevação da meta de 3,75% para 4,25% do PIB pediu hoje hoje

"Fundamental se proteger contra incertezas. A estabilidade da moeda está ameaçada. As pessoas assistem inquietas à diminuição de seus salários. A inflação virou ameaça real. O Câmbio continua instável. Conscientes vamos fazer o que precisa ser feito para colocar economia no caminho do desenvolvimento".

Lula disse ainda que tem plena consciência do sacrifício dos cortes.

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