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18/02/2003
-
12h43
da Folha Online, em Brasília
O líder do PT na Câmara, deputado Nelson Pellegrino (BA), disse hoje que não descarta uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o caso do grampo telefônico em seu Estado.
Apesar de preferir aguardar a conclusão do inquérito da Polícia Federal, que investiga os autores e mandantes da escuta clandestina, Pellegrino afirmou que assinará o requerimento para a instalação da comissão. Ao mesmo tempo, ele afirma que o caso deve ser, preferencialmente, investigado pelo Conselho de Ética do Senado.
O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) é o principal suspeito de ser mandante dos 252 grampos já comprovados. Todas as vítimas da escuta, incluindo Pellegrino, são seus adversários na Bahia.
"A CPI não está descartada. Mas nós temos que aguardar o desenrolar dos fatos. Todos os fatos convergem em direção ao senador Antonio Carlos Magalhães como um dos responsáveis. Se o requerimento me for apresentado eu assinarei", declarou Pellegrino.
Para o petista, uma eventual CPI atrapalharia a chamada "pauta positiva" do Congresso, da qual fazem parte as reformas da Previdência e tributária, mas ele disse que se for necessário o PT não "passará a mão na cabeça de ninguém".
O procurador-geral da Câmara, deputado Luiz Antonio Fleury Filho (PTB-SP) disse entender que o caso do grampo é assunto para ir direto ao Conselho de Ética do Senado, caso o inquérito da PF conclua que ACM está mesmo envolvido.
Pellegrino disse que o caso representa uma "reincidência específica" de ACM, lembrando a violação do painel eletrônico do Senado, que resultou na renúncia do senador baiano. "Nós estamos vivendo um outro momento no país, em que esses métodos [grampo] não são mais aceitos", afirmou.
A bancada petista no Senado também aponta para a não instalação da CPI. Os 14 senadores do partido entraram agora hoje com um requerimento pedindo que o caso seja acompanhado pela Conselho de Ética.
Os senadores do PT também preferem esperar a conclusão do inquérito policial para então decidir se aprovam uma CPI.
Além do PT, o PTB também já manifestou que não assinará o documento, apesar da coleta de assinaturas iniciada hoje pelo deputado Raul Jungmann (PMDB-PE). Os 42 deputados do PTB já avisaram ao líder da bancada na Câmara, Roberto Jefferson (RJ), que não assinam pedido de CPI para investigar o senador.
Líderes do PFL, PSDB e PMDB também já disseram que agora não é o momento para CPI. O líder do PFL na Câmara, José Carlos Aleluia (BA), que faz parte da tropa de choque de ACM, afirmou que ele é "inocente".
Já o apoio do PPS à investigação não está descartado. O presidente do partido, deputado Roberto Freire (PE), dá sinais de que é a favor da CPI. "O bom para a governabilidade seria investigar", declarou.
Pellegrino reafirma que pode assinar CPI dos grampos na Bahia
RICARDO MIGNONEda Folha Online, em Brasília
O líder do PT na Câmara, deputado Nelson Pellegrino (BA), disse hoje que não descarta uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o caso do grampo telefônico em seu Estado.
Apesar de preferir aguardar a conclusão do inquérito da Polícia Federal, que investiga os autores e mandantes da escuta clandestina, Pellegrino afirmou que assinará o requerimento para a instalação da comissão. Ao mesmo tempo, ele afirma que o caso deve ser, preferencialmente, investigado pelo Conselho de Ética do Senado.
O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) é o principal suspeito de ser mandante dos 252 grampos já comprovados. Todas as vítimas da escuta, incluindo Pellegrino, são seus adversários na Bahia.
"A CPI não está descartada. Mas nós temos que aguardar o desenrolar dos fatos. Todos os fatos convergem em direção ao senador Antonio Carlos Magalhães como um dos responsáveis. Se o requerimento me for apresentado eu assinarei", declarou Pellegrino.
Para o petista, uma eventual CPI atrapalharia a chamada "pauta positiva" do Congresso, da qual fazem parte as reformas da Previdência e tributária, mas ele disse que se for necessário o PT não "passará a mão na cabeça de ninguém".
O procurador-geral da Câmara, deputado Luiz Antonio Fleury Filho (PTB-SP) disse entender que o caso do grampo é assunto para ir direto ao Conselho de Ética do Senado, caso o inquérito da PF conclua que ACM está mesmo envolvido.
Pellegrino disse que o caso representa uma "reincidência específica" de ACM, lembrando a violação do painel eletrônico do Senado, que resultou na renúncia do senador baiano. "Nós estamos vivendo um outro momento no país, em que esses métodos [grampo] não são mais aceitos", afirmou.
A bancada petista no Senado também aponta para a não instalação da CPI. Os 14 senadores do partido entraram agora hoje com um requerimento pedindo que o caso seja acompanhado pela Conselho de Ética.
Os senadores do PT também preferem esperar a conclusão do inquérito policial para então decidir se aprovam uma CPI.
Além do PT, o PTB também já manifestou que não assinará o documento, apesar da coleta de assinaturas iniciada hoje pelo deputado Raul Jungmann (PMDB-PE). Os 42 deputados do PTB já avisaram ao líder da bancada na Câmara, Roberto Jefferson (RJ), que não assinam pedido de CPI para investigar o senador.
Líderes do PFL, PSDB e PMDB também já disseram que agora não é o momento para CPI. O líder do PFL na Câmara, José Carlos Aleluia (BA), que faz parte da tropa de choque de ACM, afirmou que ele é "inocente".
Já o apoio do PPS à investigação não está descartado. O presidente do partido, deputado Roberto Freire (PE), dá sinais de que é a favor da CPI. "O bom para a governabilidade seria investigar", declarou.
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