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20/02/2003
-
10h54
da Folha de S.Paulo
Adriana Barreto, ex-namorada do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), prestará depoimento no sábado ao delegado Gesival Gomes, da Polícia Federal. Gomes é responsável pelo inquérito que apura escutas clandestinas na Bahia. Entre elas, está o grampo no telefone do deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA).
Ontem, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, também pediu à PF proteção às testemunhas envolvidas no caso. Ele fez o pedido após se reunir com 17 deputados baianos. O corregedor Geral da União, Waldir Pires, também participou da reunião. Gomes está na Bahia investigando o caso. O local do depoimento não está definido, segundo a PF.
Adriana também foi grampeada, segundo a lista apresentada pelo presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Carlos Cintra, ao ministro da Justiça. Também foi grampeado o marido de Adriana, Plácido Faria. Ela acredita que ACM esteja por trás das escutas motivado por ciúmes.
ACM nega qualquer envolvimento no caso e diz que está tomando as providências para processar quem o acusa.
Segundo apurou a Folha, o depoimento de Adriana à PF é o ponto que falta para a abertura de uma investigação envolvendo ACM. Isso porque, até agora, o órgão, pelo menos oficialmente, "não sabe" das suspeitas sobre a eventual participação do senador.
Além de Geddel, que informou ao diretor-geral da PF, Paulo Lacerda, suas suspeitas a respeito de ACM, o deputado Nelson Pellegrino (PT-BA) e o ex-deputado Benito Gama (PMDB-BA) também tornaram públicas suas desconfianças. Na Câmara, o deputado Raul Jungmann (PMDB-PE) coleta assinaturas para a abertura de uma CPI sobre o caso.
Após o depoimento de Adriana, a PF teria a materialidade do delito. Ou seja, um grampo ilegal na ex-namorada do senador, que não é suspeita de nenhum crime. A partir daí, teria que buscar a autoria do delito, antes de apresentar o material à Justiça. Se Adriana citar o nome de ACM como o principal suspeito, a PF terá elementos suficientes para a abertura de inquérito.
Ex-namorada de ACM vai depor na PF
IURI DANTASda Folha de S.Paulo
Adriana Barreto, ex-namorada do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), prestará depoimento no sábado ao delegado Gesival Gomes, da Polícia Federal. Gomes é responsável pelo inquérito que apura escutas clandestinas na Bahia. Entre elas, está o grampo no telefone do deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA).
Ontem, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, também pediu à PF proteção às testemunhas envolvidas no caso. Ele fez o pedido após se reunir com 17 deputados baianos. O corregedor Geral da União, Waldir Pires, também participou da reunião. Gomes está na Bahia investigando o caso. O local do depoimento não está definido, segundo a PF.
Adriana também foi grampeada, segundo a lista apresentada pelo presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Carlos Cintra, ao ministro da Justiça. Também foi grampeado o marido de Adriana, Plácido Faria. Ela acredita que ACM esteja por trás das escutas motivado por ciúmes.
ACM nega qualquer envolvimento no caso e diz que está tomando as providências para processar quem o acusa.
Segundo apurou a Folha, o depoimento de Adriana à PF é o ponto que falta para a abertura de uma investigação envolvendo ACM. Isso porque, até agora, o órgão, pelo menos oficialmente, "não sabe" das suspeitas sobre a eventual participação do senador.
Além de Geddel, que informou ao diretor-geral da PF, Paulo Lacerda, suas suspeitas a respeito de ACM, o deputado Nelson Pellegrino (PT-BA) e o ex-deputado Benito Gama (PMDB-BA) também tornaram públicas suas desconfianças. Na Câmara, o deputado Raul Jungmann (PMDB-PE) coleta assinaturas para a abertura de uma CPI sobre o caso.
Após o depoimento de Adriana, a PF teria a materialidade do delito. Ou seja, um grampo ilegal na ex-namorada do senador, que não é suspeita de nenhum crime. A partir daí, teria que buscar a autoria do delito, antes de apresentar o material à Justiça. Se Adriana citar o nome de ACM como o principal suspeito, a PF terá elementos suficientes para a abertura de inquérito.
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