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24/02/2003
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03h49
Erick Vidigal disse à Folha que, como advogado, tem "o dever" de analisar os casos que lhe chegam. Por isso viajou a Cuiabá (MT), para negociar causas de integrantes da quadrilha do "comendador" João Arcanjo Ribeiro.
"É óbvio que as pessoas envolvidas em grandes problemas acreditam nessa ficção de que parente de magistrado tem poder para resolver alguma coisa", afirmou o filho do ministro Edson Vidigal, vice-presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça). "Sou advogado, inscrito na OAB. Se a pessoa acredita nisso, eu, em nenhum momento, fiz a pessoa acreditar", afirma.
Por que negociou uma causa envolvendo decisão que seria tomada por seu pai? "Meu pai não é presidente da corte. Quem responde nos recessos e finais de semana é o presidente. Eu não tenho impedimento em advogar perante o presidente da corte. Em determinada data, o meu pai assume [a presidência]. E o impedimento surge."
Os diálogos captados pelo grampo da polícia indicam que Erick negociou com representantes da quadrilha de Arcanjo Ribeiro no próprio dia em que o pai dele decidiu sobre o habeas corpus que interessava a membro da quadrilha (22 de janeiro último).
Mas Erick sustenta que, constatado o impedimento, ele recusou a causa.
Em nota divulgada na sexta-feira, o ministro Edson Vidigal pediu a abertura de inquérito específico da PF para apurar o caso.
Responsável pelas investigações em Mato Grosso, o procurador da República Pedro Taques disse ontem: "Virou moda no Brasil pessoas investigadas pedirem a abertura de investigação."
Advogado diz ter "dever" de analisar todas as causas
da Folha de S.Paulo, em BrasíliaErick Vidigal disse à Folha que, como advogado, tem "o dever" de analisar os casos que lhe chegam. Por isso viajou a Cuiabá (MT), para negociar causas de integrantes da quadrilha do "comendador" João Arcanjo Ribeiro.
"É óbvio que as pessoas envolvidas em grandes problemas acreditam nessa ficção de que parente de magistrado tem poder para resolver alguma coisa", afirmou o filho do ministro Edson Vidigal, vice-presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça). "Sou advogado, inscrito na OAB. Se a pessoa acredita nisso, eu, em nenhum momento, fiz a pessoa acreditar", afirma.
Por que negociou uma causa envolvendo decisão que seria tomada por seu pai? "Meu pai não é presidente da corte. Quem responde nos recessos e finais de semana é o presidente. Eu não tenho impedimento em advogar perante o presidente da corte. Em determinada data, o meu pai assume [a presidência]. E o impedimento surge."
Os diálogos captados pelo grampo da polícia indicam que Erick negociou com representantes da quadrilha de Arcanjo Ribeiro no próprio dia em que o pai dele decidiu sobre o habeas corpus que interessava a membro da quadrilha (22 de janeiro último).
Mas Erick sustenta que, constatado o impedimento, ele recusou a causa.
Em nota divulgada na sexta-feira, o ministro Edson Vidigal pediu a abertura de inquérito específico da PF para apurar o caso.
Responsável pelas investigações em Mato Grosso, o procurador da República Pedro Taques disse ontem: "Virou moda no Brasil pessoas investigadas pedirem a abertura de investigação."
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