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05/03/2003 - 06h03

Prefeito se recusa a fazer cadastro no PR

MARTA SALOMON
da Folha de S.Paulo, em Brasília

Em Ibema, município do Oeste do Paraná, o Cadastro Único para Programas Sociais não entra. O prefeito Adelar Arosi (PDT) acha que não vale a pena preencher os formulários da Caixa recebendo apenas R$ 0,39 por habitante.

A quantia é repassada pelo Ministério da Saúde porque os dados também alimentam o cadastro dos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde). O governo federal pretendia que os municípios cuidassem do preenchimento dos formulários como contrapartida dos prefeitos ao programa, em troca do acesso aos dados e do aumento do dinheiro em circulação nas cidades por conta dos benefícios sociais.

Ibema é só um exemplo. Em 243 dos 5.561 municípios brasileiros, nenhum dos pobres foi cadastrado -4% do total. Das unidades da federação, Brasília é onde o Cadastro Único está mais atrasado: somente 2% das quase 73 mil famílias com renda de até meio salário mínimo por pessoa já responderam ao formulário.

O prefeito de Ibema entende que o formulário do Cadastro Único é muito complexo para que a prefeitura cuide do preenchimento por um preço tão baixo. "O governo federal fabrica os programas, e os municípios têm de carregar o fardo", reclama.

O município, localizado a 440 quilômetros de Curitiba, tem 6.000 habitantes, vive da agricultura e da indústria de papel. Segundo a prefeitura, o desemprego se limita a 27 pessoas, ou cerca de 1,5% da população economicamente ativa de Ibema.
 

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