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10/03/2003
-
21h29
da Agência Folha, em Campo Grande
O Ministério Público Federal comunicou a procuradores federais dos Estados Unidos e ao FBI (a Polícia Federal daquele país) a decisão da Justiça brasileira que tornou indisponíveis os bens do "comendador" João Arcanjo Ribeiro, 51, denunciado como chefe do crime organizado em Mato Grosso.
O comunicado ocorreu em missão realizada na semana passada em Orlando e Nova York pelos procuradores em Mato Grosso, Pedro Taques, e no Distrito Federal, Guilherme Schelb.
Entre os bens declarados indisponíveis pela Justiça Federal está um hotel em Orlando, na Flórida. Foram investidos US$ 40 milhões no projeto. Na cidade, Arcanjo ainda possui uma residência.
Na avaliação do procurador Pedro Taques, o comunicado aos procuradores norte-americanos garante que os bens ficarão indisponíveis nos EUA.
Em depoimento à Justiça, o contador Luiz Alberto Dondo Gonçalves, 51, preso sob acusação de fazer a contabilidade para o crime organizado, afirmou que Arcanjo possui 55% de cotas de participação no hotel.
O empreendimento foi financiado pelo Ocean Bank, de Miami (US$ 25 milhões), e o Deustch Bank, de Nova York, (US$ 14 milhões), segundo informação de Dondo Gonçalves.
Arcanjo tem prisão decretada e também foi denunciado como responsável por um dos maiores esquemas de lavagem de dinheiro do país, envolvendo uma quantia de R$ 1 bilhão. O valor não foi declarado à Receita Federal.
Taques disse que em Nova York foi rastreada a conta de Arcanjo na extinta agência do Banestado, do Paraná, usada para remessa ilegal e lavagem de dinheiro.
Para não atrapalhar as investigações, o procurador afirma que não pode informar a soma movimentada por Arcanjo nem a relação de outros bens nos EUA.
A missão nos Estados Unidos foi criada por determinação do juiz federal Julier Sebastião da Silva. "Os procuradores foram vasculhar a existência de outros bens e cumprir minha ordem que torna indisponíveis todo o patrimônio de Arcanjo", afirmou Silva.
Em Mato Grosso, estão indisponíveis fazendas, factoring, shopping center, indústria química, empresa eletricidade, um grupo de comunicação e hotéis.
Ministério Público comunica aos EUA bloqueio de bens de "comendador"
HUDSON CORRÊAda Agência Folha, em Campo Grande
O Ministério Público Federal comunicou a procuradores federais dos Estados Unidos e ao FBI (a Polícia Federal daquele país) a decisão da Justiça brasileira que tornou indisponíveis os bens do "comendador" João Arcanjo Ribeiro, 51, denunciado como chefe do crime organizado em Mato Grosso.
O comunicado ocorreu em missão realizada na semana passada em Orlando e Nova York pelos procuradores em Mato Grosso, Pedro Taques, e no Distrito Federal, Guilherme Schelb.
Entre os bens declarados indisponíveis pela Justiça Federal está um hotel em Orlando, na Flórida. Foram investidos US$ 40 milhões no projeto. Na cidade, Arcanjo ainda possui uma residência.
Na avaliação do procurador Pedro Taques, o comunicado aos procuradores norte-americanos garante que os bens ficarão indisponíveis nos EUA.
Em depoimento à Justiça, o contador Luiz Alberto Dondo Gonçalves, 51, preso sob acusação de fazer a contabilidade para o crime organizado, afirmou que Arcanjo possui 55% de cotas de participação no hotel.
O empreendimento foi financiado pelo Ocean Bank, de Miami (US$ 25 milhões), e o Deustch Bank, de Nova York, (US$ 14 milhões), segundo informação de Dondo Gonçalves.
Arcanjo tem prisão decretada e também foi denunciado como responsável por um dos maiores esquemas de lavagem de dinheiro do país, envolvendo uma quantia de R$ 1 bilhão. O valor não foi declarado à Receita Federal.
Taques disse que em Nova York foi rastreada a conta de Arcanjo na extinta agência do Banestado, do Paraná, usada para remessa ilegal e lavagem de dinheiro.
Para não atrapalhar as investigações, o procurador afirma que não pode informar a soma movimentada por Arcanjo nem a relação de outros bens nos EUA.
A missão nos Estados Unidos foi criada por determinação do juiz federal Julier Sebastião da Silva. "Os procuradores foram vasculhar a existência de outros bens e cumprir minha ordem que torna indisponíveis todo o patrimônio de Arcanjo", afirmou Silva.
Em Mato Grosso, estão indisponíveis fazendas, factoring, shopping center, indústria química, empresa eletricidade, um grupo de comunicação e hotéis.
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