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15/03/2003
-
20h59
da Folha Online
O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (SP), classificou hoje a atuação e estruturação das agências fiscalizadoras criadas no governo Fernando Henrique Cardoso como "mecanismo precário herdado do passado", apontando-as como uma das fontes de pressão dos índices de inflação.
Ele sinalizou também que a taxa de juros deve ficar estável na próxima reunião do Copom (Conselho de Política Monetária).
Presente na primeira reunião do Diretório Nacional do PT, realizado no hotel Pestana, em São Paulo, Mercadante disse que o governo está "analisando cada uma das agências" para antes tomar uma posição.
"Não é só um problema institucional [que envolve as agências]. São também os contratos e a fórmula de cálculo de preços que têm gerado tarifas absolutamente abusivas em relação à inflação geral do país", afirmou.
Ele citou o caso Eletropaulo como exemplo de má fiscalização por parte das agências e de gastos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) que poderiam ser evitados. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) é responsável pelo controle do setor.
Juros
Mercadante citou que há condições para o Copom baixar a taxa de juros, por causa do que avalia como bom cenário da economia brasileira, mas que o governo ainda precisa ter certeza de que a queda na inflação é mesmo uma tendência e que não haverá turbulências provocadas por um conflito armado no Iraque.
"Os juros têm que cair sustentadamente. A inflação continua muito alta, mas está em queda. Se essa trajetória se mantiver seguramente a taxa de juros vai cair. Não adianta voluntarismo, populismo em política econômica. Estamos cheios de experiências que não deram certo no passado. Nós estamos em um cenário ainda muito incerto, a guerra pode trazer novas instabilidades", afirmou.
O senador, no entanto, disse que a decisão sobre a taxa de juros é tarefa do Copom, "não do líder do governo".
Mercadante critica agências e sinaliza que juros devem ficar iguais
CAMILO TOSCANOda Folha Online
O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (SP), classificou hoje a atuação e estruturação das agências fiscalizadoras criadas no governo Fernando Henrique Cardoso como "mecanismo precário herdado do passado", apontando-as como uma das fontes de pressão dos índices de inflação.
Ele sinalizou também que a taxa de juros deve ficar estável na próxima reunião do Copom (Conselho de Política Monetária).
Presente na primeira reunião do Diretório Nacional do PT, realizado no hotel Pestana, em São Paulo, Mercadante disse que o governo está "analisando cada uma das agências" para antes tomar uma posição.
"Não é só um problema institucional [que envolve as agências]. São também os contratos e a fórmula de cálculo de preços que têm gerado tarifas absolutamente abusivas em relação à inflação geral do país", afirmou.
Ele citou o caso Eletropaulo como exemplo de má fiscalização por parte das agências e de gastos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) que poderiam ser evitados. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) é responsável pelo controle do setor.
Juros
Mercadante citou que há condições para o Copom baixar a taxa de juros, por causa do que avalia como bom cenário da economia brasileira, mas que o governo ainda precisa ter certeza de que a queda na inflação é mesmo uma tendência e que não haverá turbulências provocadas por um conflito armado no Iraque.
"Os juros têm que cair sustentadamente. A inflação continua muito alta, mas está em queda. Se essa trajetória se mantiver seguramente a taxa de juros vai cair. Não adianta voluntarismo, populismo em política econômica. Estamos cheios de experiências que não deram certo no passado. Nós estamos em um cenário ainda muito incerto, a guerra pode trazer novas instabilidades", afirmou.
O senador, no entanto, disse que a decisão sobre a taxa de juros é tarefa do Copom, "não do líder do governo".
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