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23/03/2003
-
09h38
da Folha de S.Paulo
Em um inquérito criminal, os juízes federais de primeira instância João Carlos da Rocha Mattos e Adriana Pileggi de Soveral são investigados por uso de placas reservadas em seus carros particulares. Eles teriam, segundo a Procuradoria, "utilizado placas frias para fugir das multas de trânsito".
As placas reservadas não são frias. São autorizadas legalmente para carros oficiais sem identificação. No caso dos juízes, no entanto, foram usadas em veículos próprios ou de familiares.
Em um habeas corpus para tentar trancar a investigação _que tem como relatora a desembargadora Marli Ferreira_, a juíza Soveral afirmou que a mesma prática era adotada pelo também juiz federal Casem Mazloum, sem que ele fosse investigado por isso.
Mazloum, que é titular da 1ª Vara Criminal, nega. Ele afirmou que não usou placas reservadas em seu carro.
O principal motivo alegado por Soveral e por Rocha Mattos para o uso das placas é a falta de segurança a que estão submetidos. A juíza citou como exemplo a morte do juiz-corregedor Antônio José Machado Dias, em Presidente Prudente.
"Com a placa normal do carro, qualquer pessoa pode levantar o endereço onde vivo. Não temos carros oficiais como os desembargadores", afirmou Soveral, que disse ter sido vítima de uma ação violenta no passado, quando um homem atirou um paralelepípedo contra seu Audi.
Para a juíza, a investigação faz parte de uma ação articulada pelo ministro Jorge Scartezzini (STJ). "João Carlos e eu não nos submetemos ao seu grupo e, por isso, acontecem coisas assim."
Uso de placas restritas é alvo de inquérito
LILIAN CHRISTOFOLETTIda Folha de S.Paulo
Em um inquérito criminal, os juízes federais de primeira instância João Carlos da Rocha Mattos e Adriana Pileggi de Soveral são investigados por uso de placas reservadas em seus carros particulares. Eles teriam, segundo a Procuradoria, "utilizado placas frias para fugir das multas de trânsito".
As placas reservadas não são frias. São autorizadas legalmente para carros oficiais sem identificação. No caso dos juízes, no entanto, foram usadas em veículos próprios ou de familiares.
Em um habeas corpus para tentar trancar a investigação _que tem como relatora a desembargadora Marli Ferreira_, a juíza Soveral afirmou que a mesma prática era adotada pelo também juiz federal Casem Mazloum, sem que ele fosse investigado por isso.
Mazloum, que é titular da 1ª Vara Criminal, nega. Ele afirmou que não usou placas reservadas em seu carro.
O principal motivo alegado por Soveral e por Rocha Mattos para o uso das placas é a falta de segurança a que estão submetidos. A juíza citou como exemplo a morte do juiz-corregedor Antônio José Machado Dias, em Presidente Prudente.
"Com a placa normal do carro, qualquer pessoa pode levantar o endereço onde vivo. Não temos carros oficiais como os desembargadores", afirmou Soveral, que disse ter sido vítima de uma ação violenta no passado, quando um homem atirou um paralelepípedo contra seu Audi.
Para a juíza, a investigação faz parte de uma ação articulada pelo ministro Jorge Scartezzini (STJ). "João Carlos e eu não nos submetemos ao seu grupo e, por isso, acontecem coisas assim."
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