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24/03/2003
-
19h59
da Agência Folha, em Porto Alegre
O PT gaúcho aprovou no último fim de semana uma resolução em que oficializa uma série de críticas ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Dentre as principais críticas, está a discordância em relação à eventual autonomia do Banco Central e à possibilidade de privatização de bancos estaduais. Pede também a modificação do modelo econômico, "dando sinais à população de que mudanças futuras deverão ocorrer".
"Está na hora de darmos um sinal para a população de que o nosso governo é um governo de mudanças", afirmou o presidente do diretório petista, David Stival, que integra a tendência Articulação de Esquerda, forte no Rio Grande do Sul e tradicionalmente vinculada ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
Especificamente a respeito do BC, Stival afirmou: "Trata-se de uma questão de soberania nacional, é o BC quem define os rumos econômicos".
As principais tendências petistas no Rio Grande do Sul são a Articulação de Esquerda, a DS (Democracia Socialista) e o PT Amplo e Democrático.
A DS foi a mais forte facção no governo do atual ministro das Cidades, Olívio Dutra (1999 a 2002). Dela fazem parte a senadora Heloísa Helena (AL) e o deputado estadual e ex-prefeito de Porto Alegre Raul Pont.
"Não podemos abrir mão do controle do governo sobre o BC. Se estamos sendo pressionados, temos de reagir", afirmou Pont.
O secretário especial de Desenvolvimento Econômico e Social, Tarso Genro, foi a voz do governo no encontro. Depois de ele ter se encerrado, Tarso definiu as cobranças em relação ao governo como apenas "algumas divergências".
Quanto aos bancos estaduais, o diretório gaúcho do PT quer a adoção de uma política de recuperação para a sua utilização como instrumento de desenvolvimento econômico e social nos Estados e municípios.
Hoje são quatro os bancos estaduais federalizados em processo de privatização: o de Santa Catarina (Besc), o do Piauí (BEP), o do Maranhão (BEM) e o do Ceará (BEC).
A DS distribuiu ainda um documento com críticas à política econômica do governo. "Uma série de medidas econômicas do novo governo vem expressando uma preocupante continuidade da política econômica derrotada", diz nota da tendência. "O PT sempre foi contrário à autonomia do BC."
PT gaúcho aprova resolução que critica governo Lula
LÉO GERCHMANNda Agência Folha, em Porto Alegre
O PT gaúcho aprovou no último fim de semana uma resolução em que oficializa uma série de críticas ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Dentre as principais críticas, está a discordância em relação à eventual autonomia do Banco Central e à possibilidade de privatização de bancos estaduais. Pede também a modificação do modelo econômico, "dando sinais à população de que mudanças futuras deverão ocorrer".
"Está na hora de darmos um sinal para a população de que o nosso governo é um governo de mudanças", afirmou o presidente do diretório petista, David Stival, que integra a tendência Articulação de Esquerda, forte no Rio Grande do Sul e tradicionalmente vinculada ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
Especificamente a respeito do BC, Stival afirmou: "Trata-se de uma questão de soberania nacional, é o BC quem define os rumos econômicos".
As principais tendências petistas no Rio Grande do Sul são a Articulação de Esquerda, a DS (Democracia Socialista) e o PT Amplo e Democrático.
A DS foi a mais forte facção no governo do atual ministro das Cidades, Olívio Dutra (1999 a 2002). Dela fazem parte a senadora Heloísa Helena (AL) e o deputado estadual e ex-prefeito de Porto Alegre Raul Pont.
"Não podemos abrir mão do controle do governo sobre o BC. Se estamos sendo pressionados, temos de reagir", afirmou Pont.
O secretário especial de Desenvolvimento Econômico e Social, Tarso Genro, foi a voz do governo no encontro. Depois de ele ter se encerrado, Tarso definiu as cobranças em relação ao governo como apenas "algumas divergências".
Quanto aos bancos estaduais, o diretório gaúcho do PT quer a adoção de uma política de recuperação para a sua utilização como instrumento de desenvolvimento econômico e social nos Estados e municípios.
Hoje são quatro os bancos estaduais federalizados em processo de privatização: o de Santa Catarina (Besc), o do Piauí (BEP), o do Maranhão (BEM) e o do Ceará (BEC).
A DS distribuiu ainda um documento com críticas à política econômica do governo. "Uma série de medidas econômicas do novo governo vem expressando uma preocupante continuidade da política econômica derrotada", diz nota da tendência. "O PT sempre foi contrário à autonomia do BC."
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