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25/03/2003 - 18h40

Governadores devem pressionar acordo entre PT e PMDB

FABIANA FUTEMA
da Folha Online

Os governadores do PMDB do Sul devem pressionar a bancada do partido no Congresso a fechar um acordo de apoio ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Depois de declararem ontem em Florianópolis (SC) o apoio a Lula, os governadores do Paraná, Roberto Requião, do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto e de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, devem trazer mais um aliado amanhã. É o governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos.

A estratégia de usar a força dos governadores do PMDB para acelerar a negociação sobre a participação no governo foi selada ontem, durante reunião entre os três governadores do Sul e o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu.

Amanhã, os quatro governadores do PMDB voltam a se reunir com Dirceu para reafirmar o compromisso de apoio ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, não foi chamado para participar do encontro.

"Apoiamos o governo Lula nas reformas [previdenciária e tributária] e na política econômica. Nosso apoio é dado em nome do país", disse Requião.

Em São Paulo, o presidente do PT, José Genoino, disse ontem que a aliança com os governadores é fundamental para o acordo sobre a participação do partido no governo.

"Temos uma aliança com governadores que precisa ter com sucesso. Com os três do Sul mais o Jarbas Vasconcelos. E agora costurando com Eunício Oliveira [líder do PMDB na Câmara], Renan [Calheiros, líder no Senado] e [José] Sarney [presidente do Senado] o trabalho político de integração do PMDB [na base de sustentação do governo", disse Genoino.

No entanto, senadores do PMDB disseram que não será fácil fechar a aliança com o governo. Segundo eles, o PMDB continua dividido: uma parte está disposta a apoiar o governo imediatamente e outra reivindica a entrega de um ministério ao partido.

A expectativa é que com o reforço dos governadores do PMDB fique mais fácil para o Planalto conseguir o apoio do partido e dessa forma garantir a maioria congressual necessária para aprovar matérias constitucionais, como as reformas tributária e previdenciária.

Os governadores do PMDB devem participar amanhã da reunião da bancada do partido no Senado para discutir a inserção do partido na base de apoio do governo. "A aproximação deve avançar bastante, mas o resultado final do processo pode mais um tempo para ser concluído", disse um senador.

Requião e Genoino negaram que a participação do partido no governo dependa do controle de ministérios. "A adesão do PMDB ao governo não é remunerada, não é moeda de troca", disse Requião.

O presidente do PT disse que é preciso criar condições para o PMDB participar do governo. "Vamos consolidar [acordos] nos Estados onde o PMDB já tem alianças com o PT. Depois vamos construir as condições para o PMDB integrar o primeiro escalão."

Segundo Genoino, não se sabe quando o PMDB participará do primeiro escalão. "Isso não tem data nem prazo. O primeiro escalão faz parte de um processo. É a conclusão de um processo político, criamos condições para não ser uma mera adesão e sim uma aliança política."

 

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